"Quando se trata de liberdade religiosa, temos de reconhecer que não se tem concedido nada a nós, evangélicos, na América Latina. Cada avanço que temos conseguido tem sido através de trabalho duro e pela graça de Deus".
Esta é a avaliação de Francisco Anabalon, pastor e defensor dos direitos humanos de Santiago, ao dirigir-se aos delegados da Conferência Latino-Americana de Liderança realizada nos dias 19 a 22 de maio na Cidade do Panamá.
O evento, patrocinado pela Confraternidade Evangélica Latino-Americana (CONELA), reuniu mais de quinhentos líderes eclesiásticos de vinte países. A reunião de quatro dias deu aos delegados a oportunidade de avaliarem o papel presente e futuro dos cristãos evangélicos no continente.
Falando sobre o tema "A Responsabilidade Política do Cristão", Francisco apresentou uma revisão histórica dos esforços dos cristãos para acabar com séculos de discriminação religiosa no Chile, sua terra natal, e conseguir a igualdade com seguidores da religião oficial do Estado.
"Depois de uns tempos, demo-nos conta de que estávamos envolvidos em política", disse ele ironicamente, reconhecendo que muitos evangélicos latino-americanos consideram a política uma atividade corrupta e a evitam categoricamente.
"Mas logo percebemos que estávamos lutando não apenas pelos direitos dos cristãos evangélicos, mas pelos de qualquer minoria que sofre discriminação", disse ele.
Portas Abertas dirigiu uma mesa redonda num seminário sobre a liberdade religiosa na conferência da CONELA, que reuniu ativistas dos direitos religiosos da região, com o objetivo de compartilhar experiências e desenvolver estratégias para enfrentar a discriminação por motivos religiosos.
Walter Alejos, membro do Congresso do Peru (Distrito de Ayacucho), iniciou a discussão com um esboço das recentes batalhas legislativas, com o objetivo de estender a igualdade religiosa aos cristãos evangélicos no Peru.
O ex-presidente da Guatemala, Jorge Serrano, falou em seguida, destacando alguns dos impedimentos à completa liberdade religiosa na América Latina. "O fato da maioria dos evangélicos ter vindo das camadas mais baixas da sociedade, e dos pastores os terem ensinado a não lutarem por seus direitos, impede o progresso", disse Jorge. "Todavia, hoje na Guatemala nós temos igualdade religiosa, educação (cristã) livre e capelães protestantes em nossas prisões e nas forças armadas".
Entre os participantes da mesa redonda estavam Abdias Tovilla e Esdras Alonso, advogados dos direitos religiosos e pastores ativos de Chiapas, México, e Ricardo Esquivia, diretor da Comissão sobre Restauração, Vida e Paz do Conselho Evangélico da Colômbia e fundador da organização jovem, a Justapaz.
Julio Rosas, presidente do grupo de advocacia, a INTERDES, baseado em Lima, Peru, e conselheiro pastoral da Rede Ágape de Portas Abertas na América Latina, coordenou a mesa redonda sobre Liberdade Religiosa e Igualdade.
"Esforços como a mesa redonda da Conferência de Liderança na CONELA são importantes porque a perseguição contra a Igreja precisa estar em primeiro lugar na agenda dos círculos de liderança cristã em nosso continente", disse Richard Luna, de Portas Abertas.
"Na medida em que assumimos a causa dos que sofrem pela fé, os esforços da liberdade religiosa valem a pena, são necessários e bíblicos", acrescentou ele. "A Palavra diz que se um sofre, todos sofremos.
"Só podemos compartilhar da alegria dos irmãos se também compartilharmos de seus sofrimentos. Muitos estão sofrendo sozinhos"
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