O pastor Emmanuel Nuhu Kure, do ministério Throneroom Trust, que fica no estado de Kaduna, declaradamente disse que o componente religioso da violência política não deveria ser descartado.
Os cristãos estão sofrendo muitas baixas no centro-norte do estado de Kaduna depois que o candidato muçulmano à presidência Muhammudu Buhari perdeu as eleições no último dia 16 de abril para Goodluck Jonathan, um cristão. Primeiro, os revoltosos muçulmanos disseram que as eleições foram fraudulentas, embora observadores internacionais tenham elogiado o processo em diversas pesquisas, afirmando que foi o melhor desde 1999.
“Como os combatentes muçulmanos foram cuidadosamente em silêncio até os muros da catedral anglicana e até a casa do pastor batista Yoruba, colocaram fogo e depois atiraram sem se deparar com nenhuma resistência? Será que isso não foi premeditado ou planejado?” diz o pastor Kune.
Cerca de 300 cristãos foram mortos em Kaduna, e 14 mil estão fugindo de suas casas após ataques islâmicos.
“A violência é política e religiosa; nossas igrejas e propriedades são os principais alvos de destruição pelos perpetuadores dessa violência,” diz o presidente da Associação Cristã da Nigéria (CAN), Peter Jatau.
A violência aumentou em alguns estados do norte com protestos de jovens muçulmanos seguidos de tumultos, atacando principalmente os cristãos. Alguns retaliaram. Não existem dados confiáveis do total de cristãos mortos, pois os líderes das igrejas não conseguem determinar ao certo; alguns que foram dados como mortos reaparecem depois nos campos de reassentamento.
A população da Nigéria chega a mais de 158 milhões e é dividida entre 51,3% de cristãos que vivem principalmente no sul, e muçulmanos, que somam 45% da população e ficam ao norte. As porcentagens podem ser menores, pois mais de 10% da população vive na prática de religiões tribais, de acordo com a Operation World.
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