Líderes da Igreja cubana pediram ao governo dos EUA que inclua seu país na lista dos países que mais violam a liberdade religiosa no mundo, devido ao aumento no número de incidentes.
O grupo dirigiu-se ao Congresso Internacional de Liberdade Religiosa Caucus e aos comissários da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, que a cada ano recomenda Países de Preocupação Específica (CPC) a uma lista. Eles compartilharam experiências pessoais em que o estado patrocina a perseguição e, descreveram como o governo cubano tenta controlar os grupos religiosos.
A iniciativa dos líderes cristãos é baseada no aumento acentuado do número de casos de violação da liberdade religiosa em Cuba. Mais de 40 casos foram registrados entre 1 de janeiro e 1 de maio de 2012.
Um dos líderes da igreja, o reverendo Carlos Lamelas, ex-prisioneiro de consciência que fugiu para os EUA em 2011, após 20 anos de perseguição e ataques, disse:
“Meu caso está longe de ser um fato isolado e, é muito pequeno diante da repressão sofrida por outros ministros cristãos em Cuba ... peço às autoridades, para que julguem o governo de Castro como violador dos direitos humanos mais básicos. Ele estende os braços, como um polvo, para reprimir não apenas a sociedade civil cubana, mas também todos os cristãos, incluindo hierarquias eclesiásticas”.
Entre os incidentes de violações de liberdade religiosa, registrados este ano, estão uma série de ataques físicos a pastores, todos com características semelhantes. São todos líderes de igrejas e denominações menores ou igrejas independentes, portanto sem o apoio de uma rede maior, todos eles trabalham em áreas relativamente isoladas, onde o acesso à Internet é muito limitado, e todos eles “desafiaram”, de alguma forma, as autoridades locais antes de serem reprimidos. Um deles, o pastor Reutilio Columbié, sofreu danos cerebrais, em um ataque brutal.
Os agentes de segurança locais são os principais suspeitos pelas agressões, ninguém foi responsabilizado por nenhuma das acusações.
Outros incidentes incluem pessoas que foram impedidas de freqüentar os cultos, e igrejas que foram ameaçadas de serem fechadas por resistir à interferência do governo. Mais e mais líderes da igreja têm se levantado contra a pressão do governo e, provavelmente esta é a razão, pela qual, a perseguição tem se intensificado.
Não só os lídes, mas os membros de igrejas também têm sido alvo. Ao pastor, Omar Gude Pérez, foi recusada a autorização para deixar o país. Cuba se promove internacionalmente como um país que respeita a liberdade religiosa, e o governo está preocupado que o Pastor Perez acabe com essa imagem do país, denunciando a perseguição religiosa às redes de igrejas e a seus líderes patrocinada pelo estado.
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