A imprensa nacional tem dado grande destaque ao interesse do Brasil, via Itamaraty, em assumir um papel de protagonista no Oriente Médio, mediando negociações de paz entre Israel e Palestina e interferindo nas negociações nucleares com o Irã.
O tema tem gerado muita controvérsia e não faltam opiniões favoráveis e contrárias às pretensões diplomáticas brasileiras.
Sem desprezar a importância do desarmamento nuclear para a humanidade, é interessante imaginar que esforços semelhantes poderiam ser feitos pelos governos dos países chamados “democráticos” junto aos governantes de países em que a liberdade religiosa é sistematicamente desrespeitada. Como, aliás, é o caso do Irã – e da Coreia do Norte, Índia, Paquistão e outros que se destacam quando o assunto são as ameaças nucleares e também no quesito perseguição religiosa.
Possivelmente, a maioria dos cristãos brasileiros se sentiria orgulhosa ao ver nossos líderes nacionais chamando a atenção de líderes iranianos e norte-coreanos para a necessidade de que se respeitem os direitos de seus cidadãos, permitindo-lhes professar livremente sua religião; confrontando líderes indianos e paquistaneses para que protejam as minorias religiosas.
Um chamado para a Igreja Livre
Seria realmente um motivo de grande alegria se isso acontecesse. Mas não é aconselhável esperar que isso se torne realidade para que algo seja feito em favor dos irmãos em Cristo que sofrem por causa da fé. Os cristãos da Igreja Livre são a única voz com que os cristãos perseguidos podem contar.
Cada pessoa que se entende como parte do Corpo de Cristo é chamada a “chorar com os que choram”, a “levar as cargas uns dos outros”, enfim, a colocar-se ao lado dos que sofrem injustiças e suportam maus tratos por amor a Cristo.
Se cada cristão livre fizesse a sua parte, não seria utópico imaginar que, ao lado das nobres causas do desarmamento nuclear e da paz no Oriente Médio, a Igreja faria tremular também a bandeira da liberdade religiosa para todos.
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