O mais carismático dos Beatles, que chegou a afirmar que a sua banda era mais famosa que Jesus, confessou ser o maior adepto de Cristo, numa entrevista que nunca chegou a ser emitida, mas que veio agora a lume.
Na entrevista, gravada em 1969, Lennon foi questionado sobre a sua polémica afirmação, mas defendeu-se: “era só uma expressão, queria dizer que me parece que hoje em dia os Beatles têm mais influência sobre os jovens do que Jesus. Mas não queria dizer que isso era bom, porque sou dos maiores fãs de Cristo. Se pudermos alterar o enfoque mediático dos Beatles para a mensagem de Cristo, então é o que queremos fazer.”
Mas Lennon foi ainda mais longe, ao sentenciar: “Se os Beatles se colocarem do lado de Cristo, que é onde sempre estivemos, então talvez as igrejas não se encham, mas haverá muitos cristãos nos salões de dança. Não me parece importante saber o que eles celebram, se Deus ou Cristo, desde que estejam conscientes dele e da sua mensagem.”
Não se pense, contudo, que John Lennon era um cristão ortodoxo nas suas crenças. O autor da música “Imagine”, em que pede aos ouvintes para imaginar um mundo sem religião, considerava as instituições religiosas uma hipocrisia e recordava um padre que o expulsara da igreja por rir, aos 14 anos, com particular azedume.
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