Ontem um tribunal islâmico de Amman decidiu em favor da viúva cristã Sihan Qandah. A custódia legal que o tio das crianças tinha foi revogada e o tribunal ordenou que o tio das crianças pagasse de volta o dinheiro destinado a seus sobrinhos que ele retirou das contas de poupança de ajuda aos órfãos.
O juiz Mahmud Zghl pronunciou no Tribunal Al-Abdali Sharia seu veredicto contra Abdullah al-Muhtadi, que estava travando uma batalha de sete anos contra sua irmã cristã, para definir quem ficaria com a guarda de sua sobrinha menor e de seu sobrinho.
Na instância concluída hoje, Abdullah era o réu e enfrentava acusações de não administrar propriamente os recursos financeiros destinados a seus sobrinhos. As audiências sobre o caso se arrastam desde agosto, quando o Supremo Tribunal Islâmico Jordaniano determinou uma revisão final do caso.
Depois de várias vezes em que o tio não compareceu para as sessões no tribunal agendadas nos últimos oito meses, ele foi indiciado a comparecer diante do juiz depois que o expediente normal do tribunal terminou nesta tarde.
Abdullah foi incapaz de mostrar para o tribunal evidência documentada da sua suposta compra de uma geladeira para as crianças ao preço de 750 dinares jordanianos (cerca de R$ 2.700,00). Abdullah ainda pode apelar da decisão nos próximos 30 dias.
"Eu ainda não posso acreditar! Eu estou tão feliz, estou simplesmente sem palavras, nem posso descrever minhas emoções", disse Sihan a Portas Abertas hoje, rindo e chorando ao mesmo tempo. Apesar de ter ligado para suas crianças de Amman, ela não podia esperar para voltar para sua casa e contar a novidade pessoalmente.
Os filhos de Sihan, Fadi, o primogênito de 16 anos, e Rawan, a caçula de 15 anos, perderam o pai onze anos atrás enquanto ele lutava com as tropas de paz da ONU em Kosovo. Mas quando a mãe deles reivindicou os benefícios para órfãos do exército, um tribunal local produziu um certificado de conversão sem assinatura, dizendo que o marido cristão de Siham havia se convertido ao islamismo três anos antes de sua morte.
O certificado não poderia ser questionado de acordo com a lei islâmica, então Sihan foi forçada a encontrar um muçulmano para lidar com as questões financeiras das crianças. Apesar de serem batizados como cristãos, os dois foram declarados muçulmanos debaixo das regras da lei islâmica. Abdullah, o distante irmão da viúva, se convertera ao islã na adolescência e concordou em servir como tutor legal das crianças.
Mas nos anos seguintes ele começou a roubar parte da pensão mensal das crianças e mais tarde ele sacou quase metade do dinheiro da conta poupança que a ONU deu para os órfãos. Para isso, ele obteve aprovações legais assinadas de juízes de altos tribunais islâmicos.
Em 1998, ele decidiu tomar de sua irmã a custódia das crianças para poder educá-las no islamismo. Depois de quatro anos de batalha judicial, o Supremo Tribunal Islâmico Jordaniano decidiu em favor de Abdullah, ordenando que Sihan passasse a guarda de suas crianças para o tio delas.
Nos três anos seguintes, Sihan foi obrigada a se esconder diversas vezes para evitar a possível prisão e separação de seus filhos, que foram proibidos de deixar a Jordânia durante o processo judicial. Porém, depois que o caso da viúva atraiu a cobertura da imprensa internacional, o Rei Abdullah II e outros membros da família real jordaniana passaram a monitorar o desdobramento do processo judicial e pediram que as crianças não fossem tiradas de sua mãe.
Sihan e seus filhos moram no norte da Jordânia, na cidade de Husn, onde eles freqüentam a Igreja Batista de Husn. A lei jordaniana diz que depois dos 18 anos, as crianças escolherão se a identidade oficial delas será muçulmana ou cristã.
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