Membros do Congresso convocaram uma entrevista coletiva de imprensa, na qual expressaram suas apreensão sobre o fato do governo egípcio não fazer nada para evitar a violência contra os cristãos coptas do país.
No mês passado, a violência explodiu na cidade de Alexandria, depois de boatos de que uma igreja cristã copta estava distribuindo gravações de vídeo de uma peça de teatro considerada um insulto aos muçulmanos. A polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para reagir ao incidente, que deixou três pessoas mortas.
O congressista Frank Wolf diz que os oficiais egípcios foram, na melhor das hipóteses, descuidados e, na pior delas, criminalmente negligentes nos choques de 21 de outubro.
"Os coptas do Egito recebem pressões por todos os lados, como podemos ver nas reportagens vindas do Egito", disse o congressista. "Eles enfrentam uma mídia estatal hostil, que é, por vezes, virulenta em seu discurso anti-semita e anti-copta. Eles sofrem com a crescente hostilidade por ser uma população minoritária. Também aturam um governo que é experiente em sua retórica para aplacar a comunidade internacional, mas que continua engajado em legalizar a perseguição e outras formas mais sutis de discriminação e opressão".
Outros legisladores mencionaram um aumento nos ataques às igrejas, propriedades e negócios coptas. Também citaram as reportagens de raptos de jovens coptas, com o objetivo de forçá-las a se converter ao islamismo.
O Egito é o segundo maior receptor da ajuda dos EUA. Alguns legisladores pensam em ligar essa assistência com a melhora dos registros egípcios de direitos humanos e, em particular, da liberdade religiosa.
O senador Sam Brownback disse: "Vamos olhar a questão da liberdade religiosa no Egito dentro do contexto total de nossa relação, incluindo a questão da ajuda estrangeira".Ele acrescentou: "No passado, não pressionamos esse ponto da maneira que, creio eu, deveríamos ter feito. Vamos tocar nele muito mais no futuro porque não está havendo progresso. Na verdade, está ficando pior".
Sam Brownback é o presidente da Comissão Helsinque, uma agência governamental americana que monitora o progresso na implementação das provisões dos Acordos de Helsinque, em 1975.
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