Entre os dias 5 e 7 de outubro aconteceu, nas cidades de Arame, Grajaú e Barra do Corda (MA), o lançamento da Bíblia na língua indígena Guajajara. Fizeram-se presentes representantes de igrejas evangélicas, agências missionárias e, é claro, o povo Guajajara. O rev. Sérgio Nascimento, presidente da APMT (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais), também acompanhou o evento. No dia 5, a programação concentrou-se em Arame. Além de um culto especial no Centro de Treinamento Rio Jordão, mantido pelos missionários da Missão Evangélica aos Índios do Brasil e da Missão Cristã Evangélica do Brasil, incluiu uma passeata pelas ruas da cidade. Durante o trajeto, os irmãos Guajajara, ornamentados com cocás de penas de arara e pintura de jenipapo, cantavam hinos em sua própria língua.
O hino mais repetido de todos dizia Tupàn ta’yr a’e wà, huryete a’e wà que, traduzido, quer dizer “os filhos de Deus são alegres”. À medida que passávamos pelas avenidas da cidade, a população se perguntava sobre o que estava acontecendo. Eles ainda não sabiam, mas aquele era um momento histórico por se tratar do lançamento da terceira Bíblia completa em uma língua indígena no Brasil. Embora no país sejam faladas 180 línguas indígenas, somente em três delas a Bíblia completa está traduzida até o momento (as outras são Waiwai e Guarani Mbyá). A passeata seguiu até o Centro Cultural da cidade, onde foi realizada uma cerimônia especial, com a participação de autoridades convidadas.
Após o almoço, a comitiva de indígenas e missionários foi para a aldeia Zutywa, talvez a maior aldeia Guajajara da região, com uma população de mais de 500 pessoas. Foi nessa aldeia que, em 1969, o casal Carlos e Carla Harrison, tradutores da Bíblia Guajajara, iniciou o trabalho entre este povo. A passeata se repetiu e a comitiva caminhou até o local da antiga casa do casal Harrison, que hoje abriga um templo que recebe os irmãos indígenas semanalmente.
Um dos momentos mais emocionantes foi quando transmitiu-se uma mensagem dos Harrisons em vídeo, uma vez que por motivos de saúde não puderam vir dos Estados Unidos, onde residem. Muitos choraram, certamente lembrando os bons tempos de quando a tradução e o evangelho chegaram pela primeira vez pelas mãos desse casal tão querido.
No dia seguinte, fomos para Grajaú, região de grande maioria católica, mesmo entre os indígenas. Mas o evangelho já chegou também nas aldeias de lá. Tivemos o privilégio de realizar um culto na aldeia Morro Branco. Dez jovens Guajajara se converteram e vieram à frente, declarando publicamente a sua fé em Jesus.
No dia 7, fomos para Barra do Corda, onde tivemos três cultos especiais, realizados na sede do novo Centro de Treinamento Carlos Harrison. Esse centro, criado pela Missão Evangélica aos Índios do Brasil, tem como finalidade treinar líderes e obreiros indígenas da região norte/nordeste do Brasil.
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