Em 12 de setembro, a Suprema Corte Israelense recebeu uma petição de um grupo de judeus ultra-ortodoxos para fazer uma manifestação com 700 pessoas na frente da casa de uma família de judeus messiânicos. Anteriormente, os pequenos protestos desse grupo consistiam em gritar obscenidades e xingamentos contra cristãos.
O grupo ultra-ortodoxo Gur Hassidim tentou reverter uma decisão da polícia israelense, que proibiu uma manifestação de 700 pessoas na frente da casa de Polly Sigulim, uma judia messiânica. Desde abril de 2004, o Gur Hassidim tem feito manifestações semanalmente na frente dessa casa em Arad, uma cidade no Negev, gritando insultos. Em outras ocasiões, de acordo com testemunhas, membros do grupo gritavam: "Jesus, o bastardo."
Sigulim, uma viúva que é mãe de três filhos naturais e de cinco adotados, aluga uma grande casa no fim de uma rua de Arad, com uma área de estacionamento onde os ultra-ortodoxos querem fazer a manifestação.
"Eles estão tomando liberdades que eles não têm direito," disse Sigulim sobre o grupo Gur Hassidim. "Vir e reclamar por um ano e meio? É muito tempo reclamando sobre uma coisa."
Inicialmente a polícia israelense apenas olhava e ria, enquanto os manifestantes gritavam insultos religiosos e pessoais contra a família, durante as manifestações com centenas de judeus ultra-ortodoxos. A polícia declarou que, baseada no direito constitucional de livre expressão, eles não podiam proibir pequenas manifestações em frente à casa de Sigulim e de outros judeus messiânicos e de cristãos. A proibição veio depois que a violência aumentou perigosamente.
Na audiência de 12 de setembro, o presidente da Suprema Corte, Aharon Barak, sugeriu uma conciliação para se fazer uma manifestação limitada a 250 pessoas uma vez por ano na frente da casa de Sigulim. Ele instruiu os advogados da polícia e do grupo Gur Hassidim a discutirem sua idéia, mas eles não concordaram. Sem chegar a um acordo, espera-se que a Suprema Corte delibere sobre o assunto.
Todos os filhos adotivos de Sigulim são de famílias de judeus messiânicos ou cristãos. Alguns anos atrás, uma menina judia israelense, que regularmente visitava a família, pediu a um dos filhos adotivos um Novo Testamento. Após lê-lo duas vezes, ela se tornou uma crente em Jesus.
"Isto não foi resultado de pregação minha ou do pastor", recorda Sigulim. "Ela queria o que as outras crianças tinham." Por ela ser menor, a congregação não aceitou que ela participasse das atividades. Quando ela completou 18 anos, quis se batizar. Quatro meses depois, em abril de 2004, 250 judeus ultra-ortodoxos fizeram uma grande manifestação em frente à casa de Sigulim.
Essa manifestação deixou os que estavam presentes com "sentimentos e impressões muito fortes", disse Yakim Figueras, pastor de uma congregação de cristãos e judeus messiânicos de fala hebraica em Arad, a qual Sigulim pertence. "Foram palavras duras, aquelas ditas contra os crentes. Fomos chamados de coisas piores do que o que se diz dos piores inimigos de Israel através dos alto-falantes."
"Desde então, pequenas manifestações têm ocorrido perto da casa de Sigulim", disse o pastor Yakim Figueras. Durante a sessão da corte, o advogado da polícia, Figueras, Sigulim e sua vizinha tentaram convencer os três juízes da Suprema Corte de que eles têm sido ameaçados e intimidados diariamente, mesmo os vizinhos não sendo adeptos de nenhuma fé. Barak, no entanto, não queria relacionar o fato deles terem sido importunados com a questão de uma futura manifestação em frente à casa de Sigulim.
Apesar da polícia ter se recusado anteriormente a parar os protestos do grupo devido à livre expressão, eles recusaram a permissão ao grupo Gur Hassidim para realizar o evento porque manifestações em frente a casas particulares são proibidas. A polícia sugeriu que os judeus ultra-ortodoxos deviam se manifestar em outra parte da rua, onde não há casas particulares.
Esperando no Senhor
O pastor disse que o advogado do grupo Gur Hassidim declarou que a manifestação de abril de 2004 foi muito calma. O advogado também declarou que Sigulim deveria ser tratada como uma figura pública, ao invés de uma pessoa comum, afirmando que "ela admite que ocorrem reuniões em sua casa."
Desde 1999 até 2004, Sigulim recebeu um grupo cristão para encontros em sua casa. Quando houve a manifestação em abril do ano passado, segundo ela, as reuniões já haviam terminado.
Até as pequenas manifestações tem sido prejudiciais, disse Figueras. "As manifestações são intimidadoras," disse ele. "Se eles viessem à minha casa todo dia ou toda semana para mostrar às pessoas que aqui mora um perigoso missionário, então estariam intimidando meu filho. Eles não fazem isso calmamente. Eles gritam e entregam folhetos com mentiras a nosso respeito."
Figueras disse que sua congregação se negou a levar os manifestantes à corte, apesar de um policial tê-lo alertado sobre uma lei israelense de proteção à privacidade. "Nós colocamos isso diante do Senhor," disse ele. "Essa é uma decisão da congregação. Pode ser que mudemos de idéia. Nós pedimos que o Senhor nos ajude e nós queremos ver o que Ele fará neste caso. Então o caso apareceu na Corte Suprema com um advogado da polícia nos defendendo."
Figueras ficou desapontado com a atitude de Barak, o presidente da Suprema Corte. "Eu esperava muito mais dele."
Sigulim também deixou o prédio da Suprema Corte desapontada. "Nós não tivemos o veredicto que esperávamos," disse ela. "Achei que nossos direitos democráticos não foram considerados. E quanto ao direito à privacidade, de fazer em sua casa o que você quiser, desde que não seja ilegal, e de acreditar no que quisermos?"
Por outro lado, ela disse, essa experiência fez com que ela e outras famílias ficassem corajosas e fortes em sua fé. "Foi um fortalecimento espiritual para todos, incluindo os mais jovens."
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