A história das meninas desaparecidas se tornou pública. Elas desapareceram quando estavam indo para a igreja no domingo, dia 12 de julho. Os cristãos protestaram em frente à sede de Segurança de Minya, exigindo o retorno de Nancy e Christine, o que trouxe ainda mais foco para a história. Na mídia, surgiram inúmeros rumores sobre o paradeiro das duas, a identidade dos sequestradores e se realmente as meninas estavam com algum grupo muçulmano.
Quase duas semanas depois do desaparecimento, Nancy e Christine foram encontradas vestindo burcas no Cairo. Elas foram paradas na rua por um policial, que percebeu que uma delas tinha uma cruz tatuada no pulso, como muitos cristãos. As meninas disseram ao policial que se converteram ao Islã e que não iam se casar com qualquer muçulmano, como diziam os jornais, mas, temendo a ira de seus pais, elas preferiram buscar abrigo na casa de um homem muçulmano.
Uma investigação sobre o desaparecimento foi iniciada e os pais das meninas acusaram vizinhos muçulmanos da aldeia de sequestrá-las. De acordo com os investigadores, as garotas disseram que se converteram ao Islã por livre e espontânea vontade. A promotoria decidiu colocá-las em um abrigo, para fornecer-lhes proteção até à conclusão do inquérito.
Isso irritou a família das garotas, que alegou que ambas são menores de idade e não devem ser submetidas a esses procedimentos.
As leis Al Azhar e Fatwa (decreto religioso) negam que as duas adolescentes tenham se convertido do cristianismo ao Islã, porque ainda são menores, portanto não atingiram os 18 anos de idade para poder tomar tal decisão, como é exigido por lei.
Os dois irmãos muçulmanos acusados pelos pais das adolescentes aguardam o julgamento presos. A família dos acusados protestou, pedindo a libertação deles, alegando que Nancy e Christine saíram de sua casa por vontade própria e, não tendo sido sequestradas.
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