Um tribunal em Faisalabad condenou à prisão perpétua Imran Masih, um jovem cristão, por ter insultado e profanado o Alcorão. O juiz da sessão, Raja Ghazanfar, determinou a sentença com base no artigo 295 B do Código Penal paquistanês – mais conhecido como lei de blasfêmia – porque o jovem de 26 anos aparentemente queimou versos do Alcorão e um livro em árabe “de propósito”, para “espalhar o ódio religioso e ferir os sentimentos dos muçulmanos”. Peter Jacob, secretário executivo da Comissão Nacional por Justiça e Paz (NCJP), disse que “vai lutar para salvar a vida do jovem”.
No dia 1 de julho de 2009, Imran, comerciante, foi brutalmente torturado por um grupo de muçulmanos, e depois preso pela polícia sob as acusações – perfeitamente fabricadas – de que ele havia queimado páginas do Alcorão. No dia 11 de janeiro, o juiz o condenou à prisão perpétua, que irá cumprir na prisão federal de Faisalabad, onde está confinado atualmente. O tribunal também impôs uma pena adicional de 10 anos de prisão e uma multa de 100.000 rúpias (mais de 800 euros).
Peter Jacob fala sobre um “veredicto ruim” e uma “falta de liberdade” do poder judiciário. O ativista irá apelar da decisão do tribunal e garante que fará o melhor para salvar a vida do jovem, porque todos esses casos de blasfêmia são “perfeitamente fabricados”.
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