Os dois jornalistas do canal de TV Fox News libertados neste domingo, em Gaza, após passarem duas semanas em cativeiro, nas mãos de um grupo islâmico, e a emissora americana disse em um comunicado estar agradecida com a libertação.
Um dos jornalistas, Steven Centanni, disse à rede CNN que ele e o colega foram obrigados a se converter ao islamismo, sob a ameaça de homens armados.
Foi algo que tivemos que fazer, porque eles tinham as armas, explicou o jornalista. Centanni, de nacionalidade americana, e Olaf Wiik, cinegrafista neozelandês, foram seqüestrados no último dia 14, no centro de Gaza, por homens armados, que interceptaram o carro em que eles estavam.
Tenho um grande respeito pelo islamismo, mas isso foi algo que tivemos que fazer, porque eles estavam armados, e porque não tínhamos a menor idéia do que estava acontecendo, assinalou o jornalista americano.
O canal Fox News recebeu um vídeo com as imagens dos jornalistas se convertendo ao islamismo, informou neste domingo um de seus diretores. Estou muito feliz por estar livre, pois houve momentos em que pensei que fosse morrer. Mas achava que os seqüestradores não precisavam de mim morto, comentou Centanni.
Centanni, de 60 anos, e o cinegrafista neozelandês Wiig, de 36, chegaram a um hotel da Cidade de Gaza neste domingo, onde foram saudados por colegas e, rapidamente, foram conduzidos para o interior do prédio por forças de segurança palestinas.
Após saber da libertação dos funcionários, a emissora publicou um comunicado, assinado pelo presidente da Fox, Roger Ailes, no qual destacou: estamos muito agradecidos com a volta segura de Steve Centanni e Olaf Wiig e queremos agradecer aos governos e indivíduos em todo o mundo que ajudaram a garantir sua libertação.
Também queremos agradecer a nossos colegas jornalistas por seu constante apoio, acrescentou.
Toda a comunidade internacional está começando a entender que os jornalistas não deveriam nunca ser reféns em acontecimentos mundiais. Seu trabalho é contar a história do mundo enquanto ela acontece, encerrou o comunicado.
Os dois homens passaram 13 dias em uma garagem abandonada na conturbada Faixa de Gaza.
O até então desconhecido grupo Brigadas da Jihad Sagrada assumiu o seqüestro na última quarta-feira, em um comunicado, e exigiu, em um prazo de 72 horas, a libertação de muçulmanos presos pelos Estados Unidos, em troca da libertação dos reféns. O grupo não informou o que faria se a exigência não fosse cumprida.
O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, desmentiu neste domingo qualquer laço entre a rede terrorista Al-Qaeda e os seqüestradores dos jornalistas.
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