Na última semana, o jornalista Luciano Faccioli, da RedeTV!, protagonizou uma cena que repercutiu fortemente nas redes sociais, ao reclamar publicamente e no ar que a direção da emissora alugou uma parte da grade de programação para a Igreja Universal do Reino de Deus, reduzindo seu programa em uma hora.
Dentro da repercussão do fato, o jornalista Flávio Ricco, especializado em TV, publicou um artigo em sua coluna no portal Uol se queixando do fato de que as emissoras têm deixado de fazer seu trabalho para subsistir com o aluguel de horários para denominações neopentecostais.
“Por mais que a situação esteja difícil e o valor do dinheiro, em tudo que avista como lógico e natural no campo dos negócios sempre prevaleça sobre outras situações, nada serve ou pode justificar tamanha falta de jeito na forma como tudo aconteceu”, comentou Ricco, fazendo referência ao fato de que Faccioli e a equipe do jornal Olha a Hora só foram avisados da redução do tempo do programa prestes a entrarem no ar. “Algo que na história na televisão brasileira, com toda certeza, não tem precedentes”, acrescentou Ricco.
A prática de locação de parte da grade de programação para igrejas evangélicas adotada por diversas emissoras de TV é alvo de crítica de Ricco há tempos. Sobre o caso envolvendo especificamente o jornalista Luciano Faccioli, o colunista do Uol destacou que a postura da emissora levou em consideração apenas a questão financeira.
“Se não bastasse tudo e mais um pouco, ontem a direção da RedeTV! suspendeu Faccioli, por entender que ele exagerou nas críticas feitas. Qualquer outro, honrando sua condição humana, com toda certeza teria feito o mesmo. A impressão que se tem, depois de acompanhar mais esse lamentável episódio, é que só o dinheiro importa. E que se lixe todo o resto e mais um pouco, incluindo o telespectador”, protestou.
Seguindo seu raciocínio, Ricco acredita que a presença das igrejas na TV é uma insensatez: “Parece que não tem limites ou um mínimo de bom senso na ocupação religiosa das TVs brasileiras. É no vai que vai e ninguém sabe onde isso vai parar. Se é que vai parar. As que se deixam levar, como Band, RedeTV!, 21, CNT e companhia bela, estão cada vez mais transformadas em templos de pregações. Isto caracteriza subconcessão. É crime previsto em lei”, reclamou, destacando a legislação em vigor no país, que proíbe um concessionário de repassar a licença para terceiros.
“Também é de chamar atenção o tanto que existe para ser doutrinado, que sirva de alguma forma para explicar tamanha apropriação de espaços em emissoras de rádio e televisão por parte dessas igrejas. Um setor onde o dinheiro é sempre abundante. A crise, que atinge todos os outros mortais, passa ao longe, a ponto até de se locupletarem com ela”, concluiu.
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