Após a repercussão negativa de suas declarações contra o Papa, o deputado e ativista gay Jean Wyllys divulgou nota oficial em seu site explicando sua postura. Num tom ameno, Jean afirma que “insurgiu-se contra as declarações homofóbicas do papa”, pois em sua opinião, o Papa Bento XVI “ofendeu e desrespeitou, na sua dignidade humana, milhões de pessoas homossexuais no mundo inteiro”.
Na ocasião o Papa Bento XVI, declarou que era necessário preservar “a família, fundada sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher” e evitar “as políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade”. Como reação às declarações do Papa, Jean afirmou que Bento XVI era um “genocida em potencial”.
Em sua nota explicativa, Jean afirma que “o papa já falou claramente a mesma coisa e com palavras mais diretas quando assinou documentos do Vaticano contra o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo” e que sua posição de responsabilizá-lo por eventuais atos homofóbicos se deve ao fato de que “o papa não estava falando só para os católicos, mas também para as manchetes dos jornais do dia seguinte e, através delas, para os governos de todos os países do mundo onde o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo é legal ou está sendo debatida sua legalização, em mais uma tentativa de a Igreja exercer pressão sobre governos, deputados, senadores, e a mídia em geral”.
Para o deputado Wyllys, o fato de existirem heterossexuais e homossexuais nunca vai mudar e que sua reação “foi em defesa da dignidade das pessoas com orientação sexual diferente da ‘norma’, porque, mesmo diferentes, essas pessoas também são seres humanos”.
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