A Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira (10), uma sessão solene homenageando os 69 anos de Independência de Israel. Há mais de uma década a data é lembrada anualmente pelos congressistas.
Requerida pelos deputados Alan Rick (PRB/AC) e Jony Marcos (PRB/SE), presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel, contou com a participação de diversos deputados, a maioria integrante da Frente Parlamentar Evangélica.
Estavam no plenário também a senadora Ana Amélia Lemos (PP/RS) e Ligia Maria Sherer, que é Embaixadora do Departamento do Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores. Fez-se presente ainda o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, que assumiu o posto em janeiro.
Treze deputados subiram a tribuna do plenário Ulysses Guimarães para se pronunciar. Todos eles cumprimentaram o Estado de Israel pelos 69 anos de Independência, completados no último dia 2.
A maioria lembrou as boas relações dos dois países e a importância da comunidade judaica par a formação da nação brasileira e do amor que os cristãos sentem pela Terra Santa. O pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSC/RJ), que visitou Israel no ano passado, reiterou seu desejo que o Brasil possa ter uma relação mais próxima com o Estado judeu nas diversas áreas em que o país se destaca.
O embaixador Shelley lembrou que Israel permanece sendo a única democracia do Oriente Médio. Ademais, afirmou que seu país tem uma dívida de gratidão para com o Brasil por conta da atuação do diplomata brasileiro Osvaldo Aranha, que comandou a sessão da ONU que possibilitou o ressurgimento de Israel como nação após quase dois mil anos.
Ressaltou que o governo de Israel valoriza a boa relação com o Brasil, mas preferiu não comentar o fato de o governo Temer ter votado contra Israel nas últimas sessões da ONU.
O assunto também foi evitado pela representante do Itamaraty que fez um discurso vago, que não condiz com a postura que o ministério das Relações tem adotado, de alinhamento com os países muçulmanos, que questiona a soberania de Israel sobre seus lugares sagrados e até mesmo Jerusalém, sua capital.
Já o deputado federal Victório Galli (PSC/MT), vice-presidente da Bancada Evangélica não deixou o assunto passar em branco. Apresentado como um “defensor de Israel”, ele pediu que o Itamaraty reveja sua posição na UNESCO. “As autoridades brasileiras devem tomar uma providência… E Jerusalém é, sim, a capital de Israel e pedimos ao governo brasileiro que consertem isso [voto contrário]”.
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