Fotos do pastor Marco Feliciano o tornaram alvo de piadas irônicas nas redes sociais nesta segunda-feira. Imagens publicadas pelo próprio deputado federal em seu perfil no Instagram passaram a receber comentários que satirizam a opção sexual de Feliciano.
A enxurrada de comentários dos ativistas gays nas imagens publicadas há alguns meses e só agora descobertas tem um tom de deboche pela vaidade do pastor. Numa imagem em que Feliciano aparece com os cabelos molhados e tem como legenda a frase “Momento descontração… Raridade”, os comentários ultrapassaram a barreira de 1,3 mil e em sua maioria, são em tom de chacota.
“Tá lindo… Fêfê”, é uma das piadas feitas, seguida de “Pronta pra bater cabelo na boate”; “Aproveita e platina essa juba. Fica bapho”; “Arrasou na progressiva… vai pega os bofe tudo na balada”; e outras, permeadas por termos como “diva”, “bicha”, “bee” e “mona”.
A imagem também passou a ser compartilhada no Facebook por usuários que criticam o pastor por suas frases relativas à maldição de Noé para seu neto que se deslocou para a África e também por seu posicionamento contrário à prática homossexual.
Uma segunda imagem, em que o pastor aparece sentado numa poltrona vermelha, usando um paletó também vermelho, foi alvo de comentários com o mesmo teor. “Que pintosa”, escreveu um dos internautas, que foi seguido por outro usuário: “Poderosa, atrevida”.
Entretanto, a cobertura e repercussão da mídia para o assunto, em sites como Extra e O Globo, foi tema de um artigo do jornalista Reinaldo Azevedo, colunista de Veja, que criticou a forma como o tema foi tratado.
-O pastor está sendo chamado de “bicha” e variantes. Ele próprio já havia contado que alisa o cabelo — sua mãe é negra, como se sabe. Está sendo chamado de “bicha”, e os sites noticiosos estão divulgando isso por aí e se divertindo a valer. Não só isso: uma rápida pesquisa no Google demonstra que expressões como “diva”, “bee” e “mona” integram justamente o jargão de muitos gays quando entre iguais; é com se referem uns aos outros […] O que querem mesmo os sindicalistas do movimento gay com a suposta Lei Anti-Homofobia? Não seria justamente coibir que se apele à condição sexual do outro num eventual conflito? O sentido moral do texto, havendo um, não seria justamente educar a sociedade contra esse “preconceito”? Avanço um pouco para indagar: além de a tal lei, então, criar uma categoria superior de vítimas, criaria também uma categoria especial de agressores? Até onde se sabe, Feliciano não é gay, certo? Mas ele poderia ser tratado, em termos pejorativos, como se fosse sem que isso caracterizasse homofobia? Aí diria um simples de alma: “Ora, claro que sim! Afinal, ele não é gay”. Mais uma: um gay que recorresse a essas expressões para degradar um outro gay estaria praticando homofobia, ou não existiria esse tipo de crime entre iguais? Insisto: um hétero que se referisse a um homo como “bicha e diva”, em sentido crítico (é o que estão fazendo com Feliciano), estaria praticando, segundo a lei, homofobia, mas certamente não se consideraria homofobia que um homo assim se referisse a um hétero. A PLC 122, vejam que coisa!, torna parte do vocabulário de uso privativo de uma minoria. Ofensa, assim, passa a ser apenas o que esse grupo considera ofensa – contextualizou, criticando o projeto de lei complementar 122.
Azevedo encerrou apontando incoerências nos discursos e comportamento dos ativistas gays em relação aos seus anseios: “Chega a ser engraçado ver o pastor Feliciano, que é heterossexual, ser alvo de uma campanha homofóbica promovida, tudo indica, dada a natureza do vocabulário, por uma patrulha gay que o acusa de… homofóbico!!! É um hospício!”, escreveu.
Veja abaixo, as duas imagens que foram alvo de piadas por ativistas gays:
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