Quando o Sudão do Sul oficializou sua independência em relação ao Sudão, em 2011, um dos motivos dessa separação foi porque os sudaneses do Sul rejeitaram a imposição da lei islâmica no país. Mas, na ocasião, um observador da situação sudanesa disse à BBC, em condição de anonimato, que não se surpreenderia se o Sudão do Sul se transformasse numa nova Eritreia, que é uma das nações mais opressivas do continente. Vários aspectos estavam sendo analisados na época, inclusive o religioso.
De fato, a situação atual do país não é das melhores. Os acordos de paz entre o Norte e o Sul não foram cumpridos. A violência se espalhou de tal forma que o governo perdeu o controle sobre a segurança. Milhares de civis foram mortos e cerca de 40 mil pessoas estão deslocadas. Igrejas e instalações da ONU se transformaram em abrigos. Cristãos vêm sendo atacados violentamente. Recentemente, a Organização das Nações Unidas emitiu um relatório, denunciando assassinatos de civis e as violações cometidas pelos sodados uniformizados do governo do Sudão do Sul.
O Departamento de Estado dos EUA também interferiu dizendo que haverá punição para os responsáveis de tais crimes e que os últimos incidentes são uma verdadeira guerra contra a humanidade. No ano de 2011, quando Norte e Sul faziam parte de uma única nação, o Sudão ocupava o 35º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa (atualmente ocupa o 8º). Quer dizer que os cristãos do atual Sudão do Sul, que faziam parte desse contexto, já enfrentavam a hostilidade e o preconceito por seguirem o cristianismo. Hoje em dia, mesmo rejeitando a oficialização do islã, eles continuam sendo atacados pelos extremistas. Ore por essa nação.
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