Muçulmanos nigerianos, em protesto contra as caricaturas do profeta Maomé, atacaram cristãos e queimaram igrejas no dia 18 de fevereiro, deixando 15 mortos.
Esse foi o primeiro grande protesto que aconteceu no país mais populoso da África. Grupos de manifestantes muçulmanos lotaram o centro da cidade de Maiduguri. Eles carregavam facões, paus e varas de ferro. Um grupo pôs um pneu em volta de um homem, derramou gasolina e ateou fogo nele.
Na Líbia, o poder legislativo suspendeu o ministro do interior depois que 11 pessoas morreram, quando forças de segurança atacaram manifestantes que atearam fogo ao consulado italiano em Benghazi.
O ministro italiano Roberto Calderoli demitiu-se sob pressão, acusado de acender a fúria em Benghazi ao usar uma camiseta estampada com uma das charges ofensivas, publicadas pela primeira vez em setembro, em um jornal dinamarquês.
Líderes de igreja dinamarqueses se reuniram com um grande clérigo muçulmano no Egito. Mas isso não teve um progresso significativo na neutralização do conflito.
E, naquilo que se tornou um evento diário - milhares de muçulmanos protestaram - na Inglaterra, no Paquistão e na Áustria - para denunciarem o insulto que sofreram.
Mas foi na Nigéria, onde a rivalidade entre cristãos e muçulmanos já levou centenas de pessoas à morte, que as tensões transbordaram na violência sectária.
Milhares de manifestantes queimaram 15 igrejas em Maiduguri. O porta-voz da polícia, Haz Iwendi disse que o tumulto durou três horas antes que tropas e reforços policiais restabelecessem a ordem. Haz Iwendi informou que as forças de segurança detiveram dezenas de pessoas na cidade.
Chima Ezeoke, um morador cristão de Maiduguri, disse que os manifestantes atacaram e roubaram lojas pertencentes a cristãos. "A maioria dos mortos era composta por cristãos, que foram espancados pelos manifestantes."
Testemunhas disseram que havia três crianças e um padre entre os mortos.
Depois que o jornal dinamarquês "Jyllands-Posten" publicou as caricaturas em setembro, outros jornais ocidentais, a maioria na Europa, seguiu o exemplo, afirmando seus novos valores e o direito de liberdade de expressão.
Mas a Nigéria foi poupada da violência vista em outros lugares do mundo, embora membros do governo legislador no Estado de Kano tenham queimado bandeiras dinamarquesas e norueguesas. As autoridades de Kano também pediram para que a população de cinco milhões boicotasse produtos dinamarqueses.
Com as mortes do dia 18, a agência de notícias The Associated Press estima que 45 pessoas foram mortas nos protestos do mundo muçulmano.
Quanto à violência na Líbia, Seif el-Islam Gadhafi, filho do líder líbio Moammar Gadhafi, afirmou: "Incendiar o consulado foi um erro, mas o uso de força excessiva foi a reposta mais trágica". Ele disse isso para explicar a suspensão do ministro do interior Nasr al-Mabrouk.
Policiais relataram que, em 19 de fevereiro, a polícia do Paquistão invadiu escritórios e casas de líderes islâmicos radicais, colocando vários sob prisão domiciliar. Centenas de pessoas foram detidas para evitar um encontro na capital.
Até agora, os paises islâmicos e orientais permanecem em desavenças sobre direitos fundamentais, mas culturalmente conflituosos: a afirmação ocidental de um direito de liberdade de expressão e liberdade de imprensa, em contraposição ao atestado islâmico contra qualquer representação do profeta Maomé. Os muçulmanos insistem que essa descrição poderia encorajar a idolatria.
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