As igrejas evangélicas da Coréia do Sul estão sofrendo um duro ataque virtual por parte de muitos internautas depois que 23 cristãos voluntários da Comunidade Saemmul, em Bundang, enviados ao Afeganistão, foram seqüestrados pelo Talibã e são mantidos reféns desde o dia 19 de julho. Um deles, o pastor, Bae Hyung-kyu, foi executado.
Em diversos países do mundo, os internautas têm construído um sentimento anticristão postando insultos às vítimas e às famílias delas em blogs e discussões entre comunidades.
Blogs mais radicais chegaram a pedir aos negociadores que não tentassem mais a liberação dos reféns, enquanto outros pediram a morte dos cristãos sul-coreanos.
O governo da Coréia do Sul e as famílias dos reféns pediram à opinião pública para que não promovessem nada mais para agravar a situação, de acordo com a publicação coreana “Chosun”.
Apesar dos pedidos, vários usuários de internet publicaram em locais da rede que os coreanos foram ao Afeganistão para realizarem um trabalho missionário, e não como voluntários que participaram de uma missão de socorro humanitária.
Calúnia
Alguns tentaram até mesmo a inflamar a situação dizendo que os missionários sul-coreanos foram evangelizar dentro das mesquitas do país.
De acordo com o “Chosun”, os sites oficiais da Comunidade Saemmul em Bundang e da Fundação de Ajuda à Coréia tiveram que ser fechados depois de serem invadidos por ataques e insultos por conta do envio dos cristãos ao Afeganistão.
Segundo informações da agência de notícias “Associated Press”, o pastor foi morto porque estava doente e não podia mais caminhar com os outros. Os demais 22 reféns estariam vivos.
Notícias desencontradas publicadas nos últimos dias chegaram a informar que oito reféns já estariam soltos, o que foi desmentido pelo próprio Talibã em seu último comunicado.
Os prazos para a execução dos reféns já expiraram por diversas vezes e estão sendo renegociados.
Apesar da disposição em negociar, tudo indica que o problema está na falta de consenso entre os próprios talibãs. Parte deles quer dinheiro e outra parte exige a libertação de alguns membros do grupo extremista que estão presos.
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