5º país que mais persegue os cristãos, no Irã, irmãos relatam violência física, ameaças e discriminação por causa de sua fé. Muitos cultos têm sido monitorados pela polícia secreta. Muçulmanos que se convertem ao cristianismo são rotineiramente interrogados e espancados
O líder de uma das maiores igrejas domésticas do Irã informou, recentemente, que membros de sua congregação foram detidos e torturados, pressionados a confessar crimes que não cometeram.
"Estamos preocupados especialmente com sete cristãos da nossa Igreja, que foram levados para a prisão na sexta-feira (12)", disse o membro do conselho da Igreja do Irã, Firouz Khandjani. "Acreditamos que as autoridades iranianas estão tentando fazê-los confessar as acusações de ‘atividades que ameaçam a segurança do Estado’,” frisou.
"Na prisão, há autoridades que se fazem de “bons moços” alegando que estão “à procura de soluções”, assim como há “maus moços" que torturam os prisioneiros”, explicou Khandjani, que também já foi detido.
Ele disse que a perseguição acontece quando as reuniões cristãs são vistas pela liderança do país como "piores do que encontros políticos". "Oponentes do governo podem, eventualmente, parar suas atividades sob pressão. Mas um cristão não pode nunca deixar de ser cristão", acrescentou Khandjani.
Adversário político
"Todos que não são muçulmanos xiitas são considerados adversários políticos", explicou Khandjani.
Khandjani falou à agência de notícias BosNewsLife a partir de um local não declarado, em meio a preocupações de segurança, e revelou que mais de 400 cristãos evangélicos foram presos só neste mês pela “Gestapo iraniana", expressão que ele usa para classificar o temido serviço de inteligência do Irã.
Os membros da Igreja do Irã foram detidos durante um culto na cidade de Shiraz. Entre eles, Mohammad Roghangir, conhecido localmente como “irmão Vahid”, que liderou uma reunião da igreja doméstica com a presença de 15 pessoas.
Outros cristãos capturados durante o ataque foram identificados como Eskandar Rezaie, Haghighi Bijan, Ameruni Mehdi e Lahooti Shahin. "Também estamos preocupados com a irmã Roxana Forughi, já que esta é a segunda vez que ela é presa", disse Khandjani.
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