O governo da cidade de Bogor, na Java Ocidental, selou novamente a Igreja Yasmin em Gereja Kristen Indonésia (GKI), , em 28 de agosto, um dia após a polícia ter retirado o selo e o lacre.
Durante a noite, a polícia de Bogor recebeu secretamente a ordem de selar novamente o prédio da igreja às 23 horas, que antes era usado para cultos.
Jayadi Damanik, um membro da equipe legal da Yasmin GKI, disse que a polícia havia retirado o lacre e selo da igreja depois de conversas com o chefe do distrito, o chefe de polícia de Bogor, o de segurança e os cidadãos que vivem perto da igreja. Nestas negociações, todas as partes concordaram que não havia nenhuma razão para questionar a construção e a presença da Igreja, declara.
O dirigente distrital e o chefe de polícia de Bogor, disseram aos líderes que o fechamento original em 11 de abril foi resultado de pressão política indevida.
Após a reabertura em 27 de agosto, as autoridades colocaram um aviso que dizia: "Já que este edifício Gereja Kristen Indonésia satisfez todos os requisitos, ele tem uma licença de construção, No. 645,8-372, Ano de 2006, e foi reafirmado por força da lei, nos termos da decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Bandung, Número 41/G/2008/PTUN-BDG, que rescindiu o decreto do Governo da cidade de Bogor, Número 503/208-DKTP, datado de 14 de fevereiro, congelando a licença.”
Em 28 agosto, por volta das 4 horas, pessoas desconhecidas fecharam o portão da Yasmin GKI e colocaram um banner onde se lia: "Como este edifício continua a ser processado sob a lei, não podem ser usado."
Às 11 horas daquele dia, a igreja tirou o cadeado e removeu o banner, mas no final da noite a polícia selou novamente com um novo aviso. Damanik também conta que não houve anúncio formal e não há testemunhas da igreja que atestem o lacre como legal.
"Por que fizeram isso durante a noite, como ladrões?" Damanik questiona. "Por conta disso, não pudemos aceitar o selo como legal." Ele acrescentou que o Tribunal do Estado considerou o lacre de 11 de abril ilegal.
Após o novo fechamento, a equipe legal da GKI foi ao escritório da Polícia de Segurança. Yan Yan, chefe do departamento, disse que seus superiores, o governo municipal de Bogor, e os políticos influentes, o pressionaram para que selasse novamente a Igreja. Yan afirma que seus chefes o repreenderam por tirar o selo em 27 de agosto.
"Estou perplexo", Damanik declara. "Por que um oficial da polícia de segurança, que tira um selo baseado em uma decisão judicial ao invés de ser apreciado é repreendido?"
Damanik disse que congratulou a atitude do chefe de segurança, que entendeu não haver razão para o governo de Bogor selar a igreja em 11 de abril.
"Estou orgulhoso pois o Sr. Yan fez a coisa certa e tirou o selo, mesmo que fosse apenas por um dia", disse ele. "Ele fez isso porque compreendeu a verdade."
"Após este incidente, escreveremos ao presidente da Indonésia e ao Parlamento", comenta Dara Wadu, que espera da congregação paciência para enfrentar os desafios e não desistir de sua luta pela verdade.
"Nós continuaremos cultuando aos domingos às 8 horas", disse ele.
Desde 11 de abril, a congregação GKI Yasmin, tem sido autorizado a congregar apenas uma vez a cada duas semanas na estrada fronteira, em frente ao prédio que o governo Bogor selou.
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