NIGÉRIA – No domingo passado, 31 de agosto, extremistas muçulmanos incendiaram a Igreja Apostólica de Cristo da cidade de Baboko, Estado de Kwara.
O incidente se deu quando a congregação saiu para os arredores da cidade, a fim de fazer um culto.
O pastor, Samuel Ogowole, disse que os extremistas barraram o acesso dos membros à igreja. Ele também disse que o departamento de desenvolvimento da cidade, pressionado por muçulmanos, lacrou a propriedade.
Incômoda proximidade
Pastor Samuel disse à agência de notícias Compass Direct que os muçulmanos reclamavam de a igreja ter sido construída próxima a uma mesquita. Elas estão distantes 500 metros uma da outra.
Os muçulmanos haviam registrado uma queixa no Comitê Inter-religioso, criado pelo Estado de Kwara para mediar relações entre cristãos e muçulmanos.
Segundo o pastor Samuel, o Comitê decidiu contra os muçulmanos, mas, sendo também pressionados, emitiu um segundo parecer, ordenando a igreja a mudar de lugar.
“Depois de investigar, o Comitê afirmou não ser verdade que nossa igreja está próxima da mesquita. Assim, as afirmações dos muçulmanos não têm fundamento”, disse o pastor. “Mesmo assim, eles não nos deixam fazer nossos cultos em paz.”
Segundo o pastor, o governo estadual ofereceu uma soma de 3 milhões de nairas (US$ 25.580) para a igreja se organizar em outro lugar. Entretanto, o prédio destruído foi estimado em 20 milhões (US$ 170.575).
Samuel conclui: “Tudo isso, no fim, acabou em uma notificação para a igreja, dando-nos sete dias para mudar a outro lugar. Mas nós objetamos. Para nós, sair dali seria criar empecilhos para os membros da igreja, que terão de viajar muitos quilômetros para prestar culto a Deus”.
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