A Convenção Batista Brasileira (CBB) excluiu uma de suas igrejas filiadas por realizar o batismo de membros assumidamente homossexuais. A aceitação de gays na Igreja Batista do Pinheiro (IBP), em Maceió, vem acontecendo desde fevereiro deste ano.
A exclusão da IBP foi decidida no último sábado (9), durante sessão extraordinária da CBB na cidade de Vitória, no Espírito Santo. A convenção é o órgão máximo da denominação Batista no Brasil, responsável pelo padrão doutrinário dos batistas no país.
O presidente da IBP, o pastor Wellington Santos, considera a decisão um “retrocesso”. “O único motivo para essa exclusão é o batismo de homossexuais. Nós sempre fomos uma igreja de vanguarda, ecumênica, assim como deve ser a igreja Batista. Fazemos parte da Convenção desde os anos 70. Sofremos sanção quando decidimos aceitar irmãos homoafetivos. O processo todo de exclusão levou impressionantes 90 dias, quando normalmente seria feito em pelo menos 10 anos”, disse Santos ao G1.
Em uma declaração formal sobre o caso, a CBB garante que os batistas não são intolerantes, pois devem aceitar todas as pessoas que se convertem ao Evangelho, sem distinção. No entanto, sua diretoria entende também que “os ensinos bíblicos são suficientemente explícitos para indicar que as pessoas, depois de convertidas, devem deixar práticas contrárias aos princípios éticos bíblicos e cristãos”.
“Nos reservamos o direito constitucional (liberdade religiosa) de discordar da prática homossexual, por entender que é biblicamente pecaminosa e viola o padrão original de Deus para os seres humanos. O Antigo e o Novo Testamento desaprovam severamente práticas homossexuais (Lv 18:22; 20:13; Is 3:9; Rm 1:24-27; 1 Co 6:9-10; 1 Tm 1:9-10). Consequentemente, não aprovamos tais práticas”, diz um trecho da declaração.
Igreja permanecerá com a prática
O batismo de homossexuais passou a ser praticado pela IBP após uma assembleia extraordinária realizada em fevereiro, e que contou com a maioria dos votos dos membros. A partir daí, a igreja e seus líderes passaram a receber críticas e ameaças, inclusive de outros líderes religiosos, por telefone e pelas redes sociais.
Para o pastor Wellington Santos, a decisão é um reflexo da homofobia. “Essa violência simbólica parece muito com a violência que é cometida contra os homossexuais, de pessoas que insistem em falar que não existe crime homofóbico. Isso é uma espécie de recado, dizendo ao outro que fique calado, que se cure ou tome remédio. É um retrocesso, sem dúvida”, conclui Santos.
O pastor acrescenta que, apesar da exclusão da Convenção Brasileira, a Igreja Batista do Pinheiro continua a mesma. “Os membros continuam sendo membros. Nós ainda somos membros da Aliança Batista do Brasil (grupo paralelo de igrejas batistas), e sempre tivemos autonomia financeira. Começamos a aceitar membros gays em 28 de fevereiro. E depois do que houve, não voltaremos atrás”, afirma o pastor.
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