De acordo com as autoridades, pelo menos outras nove pessoas ficaram feridas no ataque em Giza. Ninguém se responsabilizou de imediato pelo atentado. A comunidade cristã do Egito tem sido alvo de ataques de alguns rebeldes que acusam a Igreja de apoiar o exército na derrubada do presidente Mohammed Morsi em julho passado.
Os homens não identificados atiraram indiscriminadamente enquanto as pessoas saíam da Igreja. Um homem e uma garota morreram do lado de fora da Igreja e uma mulher faleceu a caminho do hospital.
"Ouvimos um barulho muito alto, como se algo estivesse desabando", disse uma testemunha. "Eu encontrei uma mulher, sentada numa cadeira, com vários ferimentos de bala, coberta de sangue. Muitas outras pessoas estavam caídas ao redor dela, inclusive uma criança", acrescentou.
O líder copta Thomas Daoud Igrahim disse que estava dentro da igreja no momento do ataque. "O que aconteceu é um insulto ao Egito; isto não é um ataque apenas contra os cristãos. Estamos destruindo todo o nosso país", ele disse.
Outro líder, Beshay Lotfi, contou à mídia egípcia que a Igreja está sem proteção policial desde o final de junho. A Igreja ortodoxa copta é uma das mais antigas do cristianismo, fundada em Alexandria por volta do ano 50 D.C.
Os cristãos representam cerca de 10% dos 80 milhões de egípcios, e tem coexistido pacificamente com a maioria muçulmana sunita por séculos. Contudo, a derrubada de Morsi pelo exército foi seguida de um dos piores ataques a igrejas e propriedades cristãs em anos.
Quando o chefe das forças armadas, Gen Abdul Fattah al-Sisi, foi à televisão para anunciar que o presidente islâmico fora deposto como resultado das manifestações em massa, o líder copta Tawadros II apareceu logo depois dele.
Tawadros disse que as manifestações mencionadas pelo general foram feitas por pessoas honrosas, que querem o melhor para o Egito. Desde então, Tawadros tem recebido ameaças de morte, enquanto vários cristãos foram mortos. Lojas, casas e comércios de cristãos também têm sido alvo de ataques.
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