Habitantes de uma vila hinduísta construíram um templo no terreno da St John´s Church of England, em Jatni, leste do estado de Orissa, gerando uma disputa sobre os direitos da minoria cristã.
A igreja de 150 anos situa-se em um terreno outrora pertencente a um membro da igreja, Alfreda Elen Hardy, falecida em 1989, mas sem deixar testamento.
Seu irmão Gerald Hardy, tornou-se herdeiro natural da propriedade, mas estava satisfeito em deixar nas mãos da própria igreja o terreno, incluindo um outro terreno enorme. A igreja foi construída em um pedaço de terra muito grande.
Depois da morte de Gerald, parte do terreno foi tomada pela polícia para ser usado como delegacia.
Depois de algum tempo, a polícia deixou o local sem informar a comunidade cristã. A terra então passou a ser usada pela administração local para seu escritório.
Em 2002, um templo hindu foi construído numa parte da propriedade a cerca de 50 metros da igreja. Em outubro desse ano, o templo Hanuman Mandir acrescentou uma nova parte junto ao muro da igreja, reivindicando a propriedade como sua.
O conflito cresceu pelo fato de o templo ser erguido em terra que foi cedida para a igreja, mesmo que a transferência não tenha sido concretizada através dos documentos.
Entretanto, as diferentes formas de ritos religiosos passam a ser um problema devido a proximidade do templo hindu. Como na maioria, o templo realiza orações arati diariamente, pela manhã e ao final da tarde. Alto-falantes são utilizados nesses cultos, e o sino do templo ecoa constantemente - por talvez 15 a 20 minutos - até que seja encerrada a cerimônia. Esse barulho freqüentemente interfere no louvor que acontece na igreja.
O templo hindu fica aberto por várias horas durante o dia, dispondo das instalações para um grupo constante de religiosos. Proprietários de terrenos vizinhos também tomaram posse de parte da propriedade para uso próprio.
A Jatni United Christian Community (JUCC), o braço social da St John´s recentemente enviou uma carta à National Human Rights Commission (NHRC) reclamando da passividade da polícia em relação a tudo isso.
S. N. Mohanty, secretário da JUCC e consultor da Christian Burial Society em Jatni, disse à CompassDirect, "Devido a passividade da polícia, os cristãos locais inicialmente levantaram esse assunto junto à NHRC no dia 7 de dezembro de 2002, enviando uma reclamação por escrito. Em resposta, a NHRC encaminhou o problema ao responsável por aquele distrito, que por sua vez, transferiu o problema para o superintendente local da polícia.
"Em seu relatório à NHRC, o superintendente de fato confirmou o entrave sobre tal propriedade. Mas ele não soube dizer se deve ser tomada qualquer ação". As autoridades da igreja pediram à NHRC para intervir. Eles querem que a administração do distrito expulse os ocupantes ilegais.
Na carta, a JUCC também solicitou que a propriedade originalmente pertencente à Sra Hardy seja legalmente passada para a St. John´s, que cuidou da Hardy enquanto estava doente, cuidando ainda de seu enterro e ainda cuida de seu jazigo.
A igreja também espera usar a propriedade para o escritório da Christian Burial Society, que mantém o único local de sepultamento nessa região. Também planejam estabelecer uma casa para idosos e um orfanato.
De acordo com a lei do país de 1925, quando o falecido não deixa testamento e não possui descendentes diretos ou parentes, a propriedade deve ser igualmente dividida entre os que possuem o grau mais próximo de afetividade. A JUCC reivindica a terra baseada nesta cláusula.
"Neste caso, a comunidade foi atribuída como tendo o grau mais próximo de afetividade à família Hardy no tempo em que eles mais precisaram de ajuda", afirma a carta.
Um advogado cristão que falou à CompassDirect disse que a igreja possui uma base legal muito forte, caso possa provar que a comunidade cristã realmente possua o maior grau de afetividade.
"Embora sejamos muito incomodados pela construção ilegal do templo hindu em frente a nossa igreja, nós sendo minoria, não podemos levantar o assunto por nossas próprias custas", disse Purmendu Pattaniaik, secretário de desenvolvimento social da St John Resurrection Society. "Portanto, temos pedimos à NHRC para intervir e resolver o problema. Esperamos que os direitos da comunidade sejam restaurados em breve. Temos vivido em paz e harmonia com os irmãos hindus, e continuaremos a agir de tal modo".
O consultor da JUCC disse, "invasão de terra de uma igreja é uma violação dos direitos humanos da comunidade, e cabe às autoridades governamentais intervirem a nosso favor".
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