A agência de notícias Barnabas City informou que “pastores foram chamados a comparecer perante o escritório de registro com os nomes de suas congregações, suas certidões de nascimento e respectivos números de registros das igrejas”.
Ashagrie, analista de perseguição da Portas Abertas, explica o que isso significa para os cristãos: “O governo da Tanzânia tem trabalhado neste projeto de constituição, mas não conseguiu realizar o referendo como planejado. No projeto de constituição existe uma disposição que introduz a Kadhi (Sharia), lei religiosa islâmica, em todo o país. Os cristãos têm sugerido que tal disposição criaria, sem dúvida, uma situação semelhante ao que tem sido o caso em Zanzibar por muitos anos. Em Zanzibar, sob o pretexto de aplicação das leis da Sharia, muitos cristãos, incluindo os estrangeiros foram atacados. Essa postura enfureceu o governo que, por sua vez, decidiu emitir um aviso que proibia igrejas de discutirem o assunto com sua congregação. Como cidadãos, os cristãos têm, contudo, todos os direitos para discutir sobre o conteúdo de todas as leis do país. Eles não devem desistir de se opor a uma proposta de Constituição que pretende introduzir os Tribunais Kadhi na Tanzânia continental.”
Ela continua: "Há pouco mais de um mês, o departamento de pesquisa da Portas Abertas relatou que os cristãos na Tanzânia se opuseram à inclusão de tribunais Kadhi, como resultado da ação do governo de ter impedido cristãos de não comentarem em suas igrejas sobre o conteúdo do projeto. Essa história agora se complicou ainda mais com a convocação dos pastores e com a ameaça iminente de fechamento de igrejas. Onde isso vai parar?”
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