A iniciativa “Gladiadores do Altar”, da Igreja Universal do Reino de Deus, continua rendendo polêmica, e agora a denominação foi convocada pela Procuradoria da República em Minas Gerais para esclarecer as acusações de perseguição religiosa contra adeptos de cultos afro-brasileiros.
Um grupo com cerca de 30 candomblecistas e umbandistas solicitaram ao procurador regional do núcleo de Direitos do Cidadão, Edmundo Netto Dias, que investigue as ações do grupo de “Gladiadores”, formado por jovens e comparados a uma organização paramilitar por opositores.
O principal motivo das acusações de intolerância religiosa contra a Universal se dá por conta de vídeos dos “Gladiadores” em formação, marchando e gritando palavras de ordem com teor religioso.
“O vídeo é um agravante, que nos preocupa diante do histórico de perseguição e disseminação de ódio que essa igreja já tem conosco”, diz o candomblecista Ivanir dos Santos.
O procurador demonstrou concordar com os adeptos das religiões afro-brasileiras: “A princípio, o vídeo mostra a realização de um ato criminoso, de preconceito religioso”, disse Dias, de acordo com informações do site O Tempo.
A Igreja Universal se posicionou sobre o assunto através de uma nota, e afirmou que o projeto “Gladiadores” é um programa de ensino religioso de fim pacífico, voltado à formação de jovens vocacionados para o trabalho pastoral. “Não há disciplina militar, não existe atividade física envolvida e jamais houve incitação à violência ou ódio a qualquer religião”, explicou a denominação.
O grande chamariz para esse tipo de abordagem aconteceu quando o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) comparou os “Gladiadores do Altar” a extremistas religiosos do Estado Islâmico.
Em sua conclusão, a Universal destacou que “a falsa polêmica é fruto de um lamentável mal-entendido da internet, alimentado pelo desconhecimento de muitos e pelo preconceito de alguns”. A igreja afirmou que “está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos”.
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