A polícia disse que o incêndio na manhã da última quinta-feira, data de um feriado judaico, que destruiu a maior sinagoga de Genebra pode ter sido proposital, mas não descarta acidente.
O prédio dos anos 1970 estava vazio na hora do fogo, mas na noite anterior havia recebido um evento com mais de 200 pessoas. Ninguém ficou ferido, disse a polícia em comunicado.
“Não estamos descartando nada, um possível problema técnico ou um ato deliberado”, disse o porta-voz Eric Grandjean.
Antes, outro porta-voz da polícia, Philippe Cosandey, disse que havia suspeita de “ato deliberado”, porque o fogo espalhou-se muito em apenas alguns minutos.
A entrada do prédio ficou escurecido com fuligem e as janelas quebraram. O fogo foi controlado por volta das 06h15 (01h15 de Brasília) depois de duas horas de combate de cerca de 40 bombeiros, disse o comunicado.
A sala de orações da sinagoga foi danificada pela fumaça e pela água. Alguns frequentadores, em sua maioria sefaraditas, reuniram-se perto do prédio para rezar.
Nessim Gaon, porta-voz do centro judaico de cultura e religião em Genebra, disse acreditar que o ato foi deliberado.
“A destruição no interior é enorme”, disse Gaon, um dos fundadores da sinagoga Hekhal Haness, à Reuters TV no local. “As origens disso devem ter sido deliberadas.”
O incêndio aconteceu durante o feriado judaico de Shavuto, que marca a entrega da Torá, o livro sagrado judaico, por Deus a Moiséis no Monte Sinai há mais de 3.000 anos.
A polícia disse que ainda é muito cedo para determinar se o ataque teve motivo racial, mas reforçou a segurança ao redor de outras sinagogas da cidade.
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