A Praça da Independência tornou-se desde a manhã de sábado palco da segunda edição da Feira de Literatura e Música Evangélica, que até ao final da tarde de ontem serviu de espaço aberto para fiéis de várias congregações religiosas falarem e cantarem sobre a palavra de Deus.

O histórico local, onde se sucedem ao longo dos anos diferentes eventos culturais e políticos, foi transformado durante 48 horas num “democrático” ponto de encontro para os crentes da província de Luanda, que poderão encontrar desde livros a discos e DVD de música sacra, disponibilizados por mais de cinco livrarias.

Promovida pelo Núcleo Juvenil Cristão da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal – Sede Nova Aliança, a Feira esteve aberta a pessoas de vários estratos sociais, com preços diversos que oscilavam entre os 15 e nove mil Kwanzas.

As Bíblias Sagradas e de estudo foram os materiais em maior representatividade, em todas as barracas montadas no local, mas o potencial comprador pode também encontrar outros materiais didácticos, como manuais para os candidatos à carreira de professor.

A Livraria Baptista, por exemplo, teve de tudo um pouco. Com apenas cinco Kwanzas, o visitante poderia comprar naquele espaço um pequeno cartão com dizeres divinos e caos quisesse desembolsar sete mil e 710 kwanzas levava a bíblia maior da exposição.

Os expositores fizeram questão de ter material suficiente para atender os crentes e não crentes, deixando claro que queriam vender muito. Mas o importante, para eles, foi passar a mensagem de que Deus existe.

O primeiro visitante oficial desse espaço foi o Reverendo Antunes Huambo, presidente do Fórum Nacional da Juventude Religiosa, a quem coube o privilégio de cortar a fita e declarar aberta a Feira Evangélica.

Naquele local, tal como nos demais, o movimento foi fraco até às 13H00. O cliente chegava, perguntava, olhava os discos, os livros, os DVD (…), mas comprar mesmo poucos fizeram-no. Esse cenário era igual em todas as tendas disponíveis.

Tratou-se de uma feira religiosa, mas o material e os atractivos foram diversos. Enquanto os vendedores fazem o seu papel, bem ao lado a organização montou um palco para a exibição, ao vivo, de música sacra.

O palco estava próximo de uma outra barraca da Livraria Baptista, onde, à semelhança das demais, foram notórios os livros com mensagens de Deus, e os discos cristãos. Apenas houve a venda de um CD nacional intitulado “ Dá Soull Jazz”. Todos os discos vendidos custaram mil e 700 Kwanzas.

Questionada pela reportagem da Angop se o preço não era muito elevado, uma das duas vendedoras decidiu explicar. “Esse é um preço até promocional, por ser uma feira. Nas lojas é mais caro”, esclareceu. Com um grupo de 15 expositores, o dobro da primeira edição que reuniu apenas sete, a feira encerrou as suas portas ontem.