O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) participou de uma sessão da Comissão de Cultura na Câmara dos Deputados na última terça-feira, 24 de maio, e foi vaiado por manifestantes ligados aos partidos de esquerda, opositores ao governo do presidente interino Michel Temer (PMDB).
Na sessão, Feliciano – que agora é líder do PSC na Casa – era um dos poucos defensores da proposta inicial de Temer para o Ministério da Cultura, que seria transformado em secretaria subordinada ao Ministério da Educação. Por causa da pressão de artistas e partidos como o PT, PSOL e PC do B, Temer decidiu recriar a pasta.
No entanto, os manifestantes que vaiaram e xingaram Feliciano não reconhecem o novo Ministério da Cultura, e exibiam faixas com os dizeres “Temer golpista” e “Fora Temer”. Como líder de partido, o pastor tem prioridade para falar, mas foi interrompido diversas vezes pelos manifestantes.
Segundo informações do jornal O Globo, no momento que começou seu discurso, os manifestantes deram as costas ao pastor, promoveram um “beijaço gay” e o cantor Tico Santa Cruz improvisou um cartaz com a palavra “golpista”, porque Feliciano votou a favor do afastamento de Dilma.
O presidente da Comissão, deputado Chico D’Ângelo (PT-RJ) pouco fez para que os manifestantes respeitassem o direito de Feliciano à palavra: “Isso aqui não é cultura. Isso é baderna. Vocês querem falar comigo?! Consigam primeiro os 400 mil votos que eu tive. Fui aqui ofendido, atentaram contra a minha honra. Por isso defendo uma CPI da Lei Rouanet. Sei o que é ser um artista. Eu sou. Sou cantor. Gravei três CDs”, disse Feliciano, sob vaias.
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