Três casas foram incendiadas e oito cristãos ficaram feridos, quando uma multidão muçulmana atacou uma comunidade cristã na cidade de Kom el-Loufy, no Alto Egito. No momento do ataque, as famílias estavam voltando para casa depois de um encontro de oração.
De acordo com a International Christian Concern, testemunhas disseram que um grande grupo de muçulmanos radicais atacaram a comunidade cristã na quinta-feira passada - um dia antes da Sexta-Feira Santa - logo depois que os cristãos realizaram um culto de oração na casa de um morador da comunidade.
As testemunhas lembraram que o ataque ocorreu às 10 da manhã, após o encerramento do culto.
"Então, uma multidão de muçulmanos se reuniu e começou a atacar a nós e nossas casas", detalhou uma testemunha que não revelou seu nome. "Eles atiraram pedras contra nossas casas e incendiaram três residências de propriedade de cristãos, chamados Issa Saroufim, Marris Botros e seu pai, Faris Faris".
As testemunhas acrescentaram que uma mulher cristã quebrou seu braço, enquanto outra mulher teve sua perna quebrada e seis homens cristãos sofreram vários outros ferimentos.
"Pedimos às autoridades locais de segurança que nos concedessem autorização para realizar orações e eles concordaram", acrescentou a fonte. "Eles nos concederam uma autorização para realizar essas orações e as forças de segurança vieram para garantir a realização do culto".
Outra testemunha disse à ICC, que o ataque da última quinta-feira ocorreu diante dos olhos dos policiais.
"Todos esses ataques ocorreram apesar da presença da polícia na aldeia, hvia oito carros grandes da segurança central e mais de 15 carros da polícia", disseram as testemunhas. "Eu não sei por que até agora a polícia não prendeu ninguém que nos atacou".
O ataque à comunidade em Kom el-Loufy, que tem mais de 1.800 cristãos e não tem uma igreja local, ocorre apenas quatro dias depois que duas igrejas no norte do Egito foram atingidas por atendados suicidas, assumidos pelo Estado Islâmico, que matou 45 e feriu 126 no Domingo de Ramos.
Intolerância
Os cristãos de todo o Egito enfrentaram uma perseguição ainda maior no último ano.
Não só as igrejas de Alexandria e Tanta foram atacadas no domingo da semana passada, mas centenas de famílias cristãs na cidade de Al-Arish, no Sinai, foram forçadas a fugir em fevereiro, depois que sete cristãos na cidade foram assassinados em menos de um mês.
Além disso, o Estado islâmico reivindicou a responsabilidade por um atentado suicida contra a Igreja de São Pedro e São Paulo no Cairo, em dezembro de 2016, que matou 29 pessoas.
"Os ataques à comunidade cristã do Egito continuaram apesar do estado de emergência declarado pelo governo central", disse o gerente regional da ICC, William Stark, em um comunicado.
"O Egito deve fazer mais para proteger sua comunidade cristã ou então ataques como este e os bombardeios que assistimos naquele domingo continuarão", acrescentou.
Como relatado anteriormente, a falta de esforços para proteger a comunidade cristã do extremismo radical não é um problema exclusivo das forças de segurança do Alto Egito.
Os cristãos que fugiram do Sinai após a série de assassinatos em fevereiro, disseram a ativistas de direitos humanos que eles sentiam que as forças de segurança estavam "apáticas" quando se tratava de proteger a comunidade cristã da violência extremista.
De acordo com a atualização da lista anual da Missão Portas Abertas dos Estados Unidos, o Egito se classifica como a 21ª pior nação do mundo quando se trata de perseguição aos cristãos.
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