Extremistas hindus atacaram violentamente uma reunião de oração no estado de Rajasthan, ferindo seriamente nove cristãos, incluindo uma mulher.
À meia-noite de 14 de agosto, os arruaceiros atacaram uma vigília de oração que era realizada durante toda a noite em uma casa particular no vilarejo de Pathda, no distrito de Banswara, próximo à fronteira entre Rajasthan e Madhya Pradesh.
Os cristãos haviam se reunido para uma reunião de oração durante três dias para observar o Dia da Independência da Índia, em 15 de agosto.
"Aproximadamente 50 pessoas dos vilarejos de Pathda e de Piploda participaram da reunião de oração, nas quais as orações foram dedicadas à nação", contou ao Compass Patras Habil, membro da Comissão das Minorias do Estado de Madhya Pradesh.
Os agressores atiraram um machado em direção à cabeça de Jeeva Badar, proprietária da casa onde a reunião de oração estava sendo organizada. Jeeva precisou levar nove pontos no seu ferimento.
"Eles também tentaram estrangular a senhora cristã Asha Suresh. Aparentemente as cordas vocais de Asha foram afetadas, já que ela não consegue falar", disse Habil, acrescentando: "Laxman Rupara foi ferida nas costas e é incapaz de se levantar".
Os nomes dos nove cristãos feridos no ataque são Jeeva Badar, Border Dippa, Bua Rupa, Prabhu Baji, Laxman Rupara, Shandu Mangu, Khumji Hawala, Dangi Mangu, e Asha Suresh.
Há ainda muita tensão nessa localidade. Um bando de arruaceiros de aproximadamente 300 pessoas criou uma confusão quando os representantes do Ministério Milagres, organização cristã com base em Madhya Pradesh que organizou a reunião de oração, foram até a delegacia de polícia para buscar uma cópia do Primeiro Relatório de Informações (PRI).
"Naquela tarde, ao ver uma tuba de 300 homens robustos com cacetetes, a polícia teve que escoltar os cristãos através da fronteira em direção a Madhya Pradesh", explicou Habil. "Parece haver uma ameaça de ataques posteriores".
O pastor Biju Varghese, do Ministério Milagres, que estava na delegacia de polícia, contou ao Compass que cerca de 20 pessoas perseguiram o jipe da polícia, enquanto os cristãos se dirigiam para a fronteira de Madhya Pradesh.
"Estamos preocupados com os cristãos dessa região", disse Varghese. "Eles não estão seguros lá".
Varghese disse que aqueles que atacaram a reunião de oração estavam usando um uniforme cáqui, típico do grupo hindu extremista Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS). Um membro da Comissão das Minorias no Estado de Rajasthan confirmou que a área da fronteira era o centro da atividade do RSS no estado.
Entretanto, Sanjeev Kumar, superintendente policial do distrito de Banswara, negou que os cristãos tenham sido seriamente feridos no ataque ou que a organização extremista hindu estivesse por trás do ataque.
"Foi um conflito costumeiro e ninguém teve ferimentos sérios", disse ele.
"Nenhuma organização estava por trás do ataque. Contudo, solicitei uma investigação e a detenção dos acusados."
A polícia está procurando sete homens envolvidos no acontecimento, acusados de arruaça, invasão de casas com a intenção de cometer uma ofensa castigável, voluntariamente causando ferimento e praticando reuniões ilícitas.
O distrito de Banswara, que está entre os mais pobres do estado e é povoado principalmente por povos tribais, tem sido, por muito tempo, um alvo das organizações hindus extremistas.
Em 1998, o advogado P.L. Mimorth e M.P. Chaudhry, do Instituto Social Indiano, perceberam que os líderes da Sangh Parivar (uma das organizações hindus extremistas sob a liderança do RSS) declararam sua intenção de extinguir o cristianismo no distrito de Banswara no ano de 2000.
Eventos violentos contra cristãos aumentaram depois que o Partido Nacionalista Hindu Bharatiya Janata derrotou o Partido do Congresso nas eleições estaduais, em dezembro de 2003. Em um exemplo recente, em 19 de fevereiro, os extremistas atacaram violentamente alunos da Escola Bíblica Missão Emanuel, no distrito de Kora, em Rajasthan.
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