Um grupo de cerca de 50 hindus atacou a cerimônia de inauguração de uma escola católica em 29 de janeiro, no Estado de Maharashtra. Os extremistas atiraram pedras em direção aos católicos, quebrando cadeiras e agredindo os participantes com paus.
Quando representantes da igreja reuniram-se com autoridades da polícia e do governo, descobriram que, três dias antes da cerimônia de inauguração, extremistas hindus pediram à polícia que não permitisse que a escola, chamada "Suryodaya Ashram", funcionasse na vila de Ghosali.
Apesar da insinuação da possível violência do "Vanvasi Lalyan Parishad", braço da organização extremista RSS (Rashtriya Swayamsevak Sangh) que atua entre os principais grupos tribais, a polícia não informou a escola nem ofereceu proteção para o evento.
A escola foi construída para atender as crianças das mais baixas castas.
O bispo Thomas Dabre, que oficiou a cerimônia, descreveu o ataque: "No meio do programa, a multidão nos interrompeu, inicialmente gritando palavras de ordem e discutindo com algumas das 200 pessoas que participavam do evento. Quando viram que não tiveram sucesso com essa estratégia, partiram para a violência".
Os extremistas acusavam a equipe da escola de tentar converter as crianças em troca de educação e gritavam: "Fora! Não queremos cristãos aqui!"
À medida que a situação começou a piorar, o padre Brendan Furtado, que havia sido convidado para a cerimônia, pediu ajuda por telefone. Como ele conseguiu fazer a ligação, alguém da multidão atingiu-o com vários golpes em suas costas.
Apesar de receber a ligação, a polícia só foi chegar duas horas depois.
Quando finalmente a multidão deixou o local, mais de sessenta cadeiras de madeira estavam quebradas, havendo também buracos no teto do novo prédio.
"São fundamentalistas mal orientados", disse o bispo Thomas. "Felizmente conseguimos escapar com vida. As pedras caíam sobre nós como chuva."
O inspetor Satya Pal Singh confirmou que a ocorrência do ataque, mas disse que a força policial tinha controlado a situação por volta das 19 horas.
O bispo deu queixa à polícia, e 18 dos extremistas foram presos. Entretanto, eles foram liberados depois de pagar uma fiança, e a escola teme um segundo ataque. No momento, a escola está sendo protegida por 25 policiais.
"Não podemos aceitar isso", o bispo declarou ao Compass. "Os cristãos estão atemorizados e precisam ter a segurança de que serão protegidos".
Dolphy D´Soua, presidente da Bombay Catholic Sabha, exigiu que o governo de Maharashtra garanta a proteção contínua da equipe e dos alunos. Ele também exigiu a prisão dos responsáveis pelo ataque.
John Dayal, presidente da All Índia Catholic Union, emitiu um comunicado em que pedia que o ministro Shivraj Patil tomasse as providências cabíveis para assegurar segurança à comunidade cristã, que tem passado por perseguição e enfrentado uma onda de ataques violentos.
Ele também pediu ao governo indiano para reiterar a necessidade de que os governos estadual e local adotem os procedimentos legais contra os extremistas hindus e também contra a conivência da polícia.
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