Uma mulher que abandonou a fé cristã ao deixar a casa de seus pais, tornando-se lésbica e feminista extremista, testemunhou seu reencontro com Deus e revelou que hoje é uma pregadora do Evangelho para a comunidade LGBT.
Quando completou sete anos que havia deixado a casa de seus pais, Michelle D. Smith foi visitá-los e levou consigo sua companheira e a filha dela. Ao chegarem, foram recebidas com amor, mas sua mãe a chamou de canto para dar um recado: “Michelle, eu te amo e todas vocês são bem-vindas para ficar aqui esta noite. Mas vocês vão ter que dormir em quartos separados”. Furiosa, ela recusou e foi procurar um hotel.
Mesmo com a reação de Michelle, sua mãe se manteve amorosa, mantendo contato por telefone e enviando presentes nos aniversários, segundo seu próprio relato ao Charisma News. Conforme ia conquistando estabilidade profissional e financeira, ela achou que era hora de buscar uma identidade religiosa.
“Eu ainda estava buscando a Deus. Eu sabia que não poderia retornar ao cristianismo — só de pensar nisso já me dava calafrios —, mas eu tinha um profundo desejo que eu não poderia satisfazer. Eu ainda escrevia, lia e assistia pornografia”, relatou.
Nessa época, ela passou a estudar a cabala e o zohar – interpretações místicas do judaísmo -, e atraída, procurou um rabino para aprender mais sobre a religião: “Me encontrei com um rabino de tradição reformada, que me assegurou que não havia problemas se eu continuasse minha vida como lésbica”, relembrou.
Mesmo avessa ao cristianismo, Michelle estava em contato constante com a Bíblia, pois vinha se dedicando a conhecer a fé judaica: “Me mantive presa ao Antigo Testamento, que me manteve longe dos escritos desagradáveis e perturbadores de Paulo. Eu não poderia mais lidar com Jesus, mas para mim não havia problemas. Ele parecia estar abrigado em segurança no Novo Testamento”, narrou.
Ao longo de um ano de estudos, os encontros com o rabino eram feitos em um pequeno grupo, e, raras vezes, Michelle frequentava a sinagoga. Em um determinado encontro, o rabino sugeriu que era hora de ela agendar a cerimônia oficial de conversão à religião.
Ela estava decidida a seguir em frente, mas uma perda na família a obrigou a viajar de volta ao seu estado natal para o funeral: “A tia Jan, tão amada e apenas 11 anos mais velha do que eu, tinha morrido inesperadamente. Toda a minha família sentiu esta perda. Eu viajei com a minha namorada até Oklahoma para o funeral”.
Enquanto o culto fúnebre era realizado, Michelle contou que ouviu uma voz falar com ela: “Você não pode desistir de Jesus”. Assustada, ela olhou em volta, mas ninguém estava olhando para ela, então a voz, novamente, a confrontou: “Você não pode desistir de Jesus”. Essa situação se repetiu mais uma vez, e ao notar que ninguém tinha falado com ela, chegou à conclusão que mudou sua vida: “Eu não posso desistir de Jesus. Eu não posso desistir de Jesus”.
“A voz do ministro [que dirigia o culto] tinha se desvanecido. Eu não estava ligada a mais nada, apenas àquela frase. Eu sabia que me converter ao judaísmo seria negar Jesus. Só que eu não estava preparada para fazer isso”, disse ela.
Convencida de que o Evangelho era a resposta, Michelle não quis admitir que precisava mudar de vida, e passou a procurar igrejas pregadoras da teologia inclusiva, que não reprovam a prática homossexual. Porém, na primeira visita, descobriu que lá não era seu lugar: “Era como se houvesse uma nuvem pesada sobre cada uma delas. Era como uma sala gigante, iluminada apenas com algumas lâmpadas de 25 watts. Qualquer igreja que me aceitasse como lésbica, para mim não tinha credibilidade. Eu sabia que era errado, e ter alguém me dizendo que ‘estava certo’ me fazia perder todo o respeito por sua autoridade”, contou.
“Eu tinha experimentado um relacionamento com Deus quando eu era criança. Eu desejava ser profundamente amada e querida por Ele”, disse Michelle, revelando que o resultado dessa jornada foi o abandono da prática homossexual após 25 anos, e sua dedicação à evangelização de homens e mulheres homossexuais, além do relato de seu testemunho em igrejas.
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