O Uzbequistão ficou fora da lista elaborada pelos Estados Unidos que relaciona os estados considerados sérios violadores da liberdade religiosa, apesar dos apelos feitos por um grupo de direitos humanos para incluí-lo na lista.
A administração de Bush disse que o Departamento de Estado decidiu deixar a lista dos piores agressores intocável quando publicou seu relatório no dia 8, abrindo os estados nomeados para possíveis sanções.
Vietnã, Myanmar, China, Coréia do Norte, Irã, Arábia Saudita, Sudão e Eritréia serão designados de novo como "Países de preocupação específica", segundo os oficiais do Departamento.
Encarando uma grande pressão do Congresso, o Departamento de Estado manteve o Vietnã na lista, apesar de ter alcançado um acordo com Hanói neste ano. O acordo foi sobre como o estado comunista poderia melhorar os direitos religiosos.
O Departamento de Estado ignorou uma recomendação feita pela Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, uma agência do governo, que pediu a inclusão do Uzbequistão devido à deterioração de seus registros.
O Uzbequistão, um ex-estado soviético, providenciou uma ajuda importante para as forças americanas operarem no vizinho Afeganistão desde a invasão de 2001, para expulsar o Taliban. O Uzbequistão permitiu que os EUA usassem uma base aérea para transportar homens e equipamentos.
Mas, depois que Washington criticou o presidente Islam Karimov por usar a força para conter a revolta na região de Andizhan, em maio, Islam deu às tropas dos EUA seis meses para desmontar seu acampamento e sair.
Em um sinal de tensão nas relações, na semana passada os Estados Unidos fez uma dura repreensão ao governo uzbeque pela prisão do líder da oposição Sanjar Umarov, e exigiu saber mais sobre o caso do dissidente e seu quadro clínico.
Muçulmanos presos
Michael Cromartie, o chefe da Comissão de Liberdade Religiosa, disse que milhares de muçulmanos foram presos nos últimos anos, no Uzbequistão, por causa de sua fé. "Acreditamos que deveriam ter feito do Uzbequistão um 'País de preocupação específica'," ele disse através de um porta-voz.
Grupos de direitos humanos dizem que a administração de Bush tinha uma justificativa clara para incluir o Uzbequistão na lista depois dos assassinatos em Andizhan, que levou a União Européia - mas não os Estados Unidos - a impor sanções.
O governo uzbeque nega perseguir os muçulmanos por causa da fé. Na verdade, ele os acusa de serem extremistas que querem estabelecer as regras islâmicas no país.
Um oficial americano disse que o Departamento de Estado não incluiu o Uzbequistão porque poderia parecer uma retaliação pela expulsão da base. "Pareceria um ato político", disse o oficial, que pediu para não ser nomeado.
Um outro disse que o governo dos EUA acredita que indicar o Uzbequistão poderia ser contraproducente, já que a administração de Bush procura persuadir o governo uzbeque a melhorar seus registros.
"Para manter a integridade do processo, você deve fazer um julgamento honesto, não estar preocupado com outros critérios", disse Tom Malinowski do Human Rights Watch (Observador dos Direitos Humanos). "Nem em sonhos o Uzbequistão não é um lugar onde se respeita a liberdade religiosa".
Felix Corley, do Forum 18, um grupo cristão que relata os direitos no Uzbequistão, disse que a intolerância religiosa apenas fomentou os militantes que apóiam o governo. "De forma deliberada ou não, o governo tem dirigido as pessoas às causas dos extremistas", ele disse.
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