"Como eu era a única almasihin (cristã) na minha família, eles me perseguiam", contou Maria. "Meus parentes me chamaram de louca quando me viram carregando a Bíblia. Eu lhes disse que ia ficar com o que era verdadeiro. ‘Apesar de vocês dizerem que eu mudei, de acharem que eu estou louca, vou ficar com a Bíblia’, respondi".
"Quando ouviram isso, ficaram muito bravos comigo. Meus primos pegaram meu cabelo e me arrastaram para dentro de casa pelo cabelo. Minha mãe viu, mas não fez nada. Ela não conhecia Isa Almasih. Eu não podia culpá-la", explicou Maria.
"Eu cresci adorando o ombo-ombo", conta Ina Pote. "É um busto. Um ídolo de madeira. Nosso imames (sacerdotes ito por dslâmicos) fazia-nos ofertar alimentos ao ombo-ombo. Tínhamos medo de que se não déssemos ofertas, traríamos má sorte para casa".
"Quando ouvi um pastor daqui falar sobre Isa Almasih, não acreditei logo de cara," Ina Pote acrescentou. "O tempo passou, e eu finalmente cri em Isa, mas pensei que seria bom continuar adorando o ombo-ombo".
"Minha mãe achava que Isa era como qualquer outro deus", Maria interrompeu. "Ela só começou a entender a diferença quando estudamos a Bíblia juntas, porque lá dizia que ele era o Caminho, a Verdade e a Vida".
"Minha mudança aconteceu quando fui ao funeral do meu primo em Capu", Ina Pote recordou. "Havia muita comida lá, a maioria delas oferecidas ao ombo-ombo. Peguei um bolo típico, um pedaço de panyalang, e dei algumas mordidas".
"Quando cheguei em casa, estava enjoada. O panyalang não me caiu bem, e então me lembrei de que era oferecido a um ídolo", disse. "Lembrei-me do que Maria me contou sobre Isa ser o único Deus. Agora, só Isa está no meu coração", disse Ina Pote. "Ele me dá forças".
"Estou contente por Maria ler a Bíblia para mim", continuou. "Maria agora lidera o estudo bíblico em uma igreja doméstica".
"Minha mãe não tem um endereço fixo", brincou Maria. "Ela participa de quase todas as reuniões nas casas dos vizinhos, o estudo bíblico e o culto. Ela diz que faz isso porque Isa está em todos esses encontros. Isa está em todo lugar".
Esperança recém-achada
Quando perguntei sobre o seu envolvimento no Projeto Mat Kaholatan, Ina Pote levantou-se, olhou para o trabalho, tomou um gole de Coca-Cola e tentou se lembrar. "Entramos no Kaholatan há cinco anos", disse ela. "Agora, tecemos tapetes e os vendemos de 400 a 700 pesos (entre 20 a 35 reais), dependendo da largura".
"Fico feliz quando as pessoas compram nossos tapetes, porque temos uma fonte de renda", continuou. "Deus está usando o Kaholatan para prover as necessidades da minha família. Agora temos dinheiro suficiente para comprar comida e água. Não temos mais que comprar fiado nas lojas das proximidades".
Maria também produz, a partir das esteira de Ina Pote, porta-passaportes, carteiras e chinelos. Ela acrescentou que Isa tem usado este empreendimento para ajudar na educação de seus filhos.
"Antigamente, o meu sonho era que meus filhos chegassem à sexta série, porque eu não tinha dinheiro para mandá-los para a escola". compartilhou. "Estou admirada com o fato de que agora eles estão na escola. Sei que isso vem do Senhor".
"Oro para que, apesar de obstáculos da vida, Deus me mantenha no Kaholatan", acrescentou. "Oro para que Deus também permita que meus filhos terminem seus estudos. Orem para que eu também persevere neste ministério, que eu seja fiel na produção de produtos excelentes".
Pedidos de oração
Louve ao Senhor por ele ter tocado a vida de Ina Pote e Ka Maria pelo Projeto Mat Kaholatan. Ore para que elas continuem a buscá-lo e para que ele abençoe o trabalho de suas mãos.
Ina Pote e Ka Maria estão entre os samas afetadas pelo cerco Zamboanga. Ore por sua segurança.
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