Asma Jahangir, relatora especial da ONU sobre Execuções Sumárias, Arbitrárias e Extrajudiciais, está atualmente no Sri Lanka para sondar questões de liberdade religiosa com oficiais do governo e representantes das comunidades budistas e cristãs.
Asma se encontrou com membros de diversas organizações budistas no dia 3 de maio para discutir suas preocupações. De acordo com um artigo publicado aquele dia no Asian Tribune, os budistas sentem que grupos de direitos religiosos ocidentais não conseguem ver a questão da conversão em seu "contexto asiático próprio". Eles também acreditam que o budismo no Sri Lanka está ligado à herança cultural e nacional do país.
O artigo da Tribune disse que advogados budistas prometeram lutar contra o que eles chamam de "conversões anti-éticas" e prometeram que essa será uma batalha penosa no Sri Lanka porque "quase todos as associações de advogados são dominadas por cristãos".
O artigo citou Kirama Wimalajothi, diretor do Centro Cultural Budista em Dehiwala, enquanto ele falava sobre a proposta da lei de anti-conversão em uma reunião pública na capital Colombo no dia 30 de abril.
"Esta emenda deve definitivamente ser levada ao parlamento - se ela for aprovada ou não é um assunto diferente, uma vez que cada membro do parlamento pode votar de acordo com sua consciência", Kirama disse.
"Os resultados, todavia, provarão quantos dos chamados parlamentares budistas apóiam a emenda".
De acordo com uma reportagem no jornal Island do dia 26 de abril, Tibbotuwawe Sri Siddhartha Sumangala Thero, o mais alto clérigo budista no Sri Lanka, disse que a legislação anti-conversão é uma "exigência urgente, uma vez que os budistas estão sendo convertidos a outras religiões em um nível sem precedentes".
Na 61ª sessão da Comissão das Nações Unidas de Direitos Humanos, que terminou no dia 22 de abril, os membros da Aliança Evangélica Mundial e o Fundo Becket se encontraram com Asma para compartilhar suas preocupações sobre a proposta lei de anti-conversão no Sri Lanka. Eles disseram que a lei foi uma tentativa deliberada de restringir a liberdade religiosa, desprezando através disso os acordos internacionais de direitos humanos. (veja Compass Direct, "Segunda lei de anti-Conversão é apresentada ao parlamento do Sri Lanka", 20 de abril de 2005).
Essa reunião fez com que Asma concordasse em visitar Sri Lanka e se encontrar com oficiais de estado e religiosos.
No dia 4 de maio, Asma se encontrou com membros da Aliança Evangélica Cristã Nacional do Sri Lanka (NCEASL). De acordo com um informativo da NCEASL, a reunião foi dirigida às eminentes emendas de anti-conversão propostas pelo partido budista Jathika Hela Urumaya (JHU) e pelo ministro de Assuntos Budistas. Os participantes discutiram um amplo leque de outros assuntos relacionados às possíveis soluções para a perseguição violenta aos cristãos e para o descontentamentos da comunidade budista.
A NCEASL reiterou seu compromisso em trabalhar por uma solução efetiva e justa para esses problemas através do "diálogo e entendimento mútuo".
Mais tarde naquele dia, Asma se encontrou com vários cristãos que sofreram perseguição e ela recebeu dados de diversos atos de violência que não foram levados à polícia ou ao sistema judicial.
Asma ainda deve se encontrar com oficiais do governo.
A visita da enviada especial se dá em um momento crítico para o Sri Lanka. O JHU está esperando para apresentar sua Emenda de Proibições a Conversões Forçadas para receber uma segunda leitura no parlamento no dia 6 de maio. Enquanto isso, os legisladores aparentemente adiaram a votação do Ato de Proteção de Liberdade Religiosa, apresentado pelo ministro de Assuntos Budistas, Ratnasiri Wickremanayake.
Cristãos protestantes e católicos estão planejando um encontro marcado, sem precedentes, no dia 7 de maio para protestarem contra a lei de anti-conversão e contra a violência à minoria cristã.
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