A enfermeira de parto Hannah Adewole (foto), 45, se recusa a usar a calça do uniforme do hospital da Universidade da Cidade de Londres porque, segunda ela, a Bíblia proíbe que mulher se apresente com trajes de homens. Hannah cita Deuteronômio 22:5: “Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus”.
O hospital disse que o uniforme é obrigatório para evitar contaminação dos pacientes, mas Hannah argumentou que se sente discriminada porque, se fosse muçulmana, teria autorização para usar hijab.
Por ter sido transferida para a ala de pós-parto, ela recorreu à Justiça contra a administração do hospital. “Uma enfermeira muçulmana não teria sido tratada de maneira tão desrespeitosa”, disse.
Seu argumento é de que, como cristã, tem de seguir o que determina as escrituras. “Eu acredito que a Bíblia é a verdade de Deus e suas palavras têm de ser obedecidas incondicionalmente”.
Disse que, quando foi admitida em março de 2008, o hospital lhe garantiu que poderia usar saia. Na sala de parto, ela usava um avental sobre o vestido até março de 2009, quando a enfermeira-chefe disse que ela teria de adotar o uniforme.
Hannah afirmou que há hospitais que permitem o uso de vestido, o que, para ela, significa que a questão da contaminação é irrelevante. Por isso o que está havendo, na verdade, é “intolerância religiosa”.
A sentença da Justiça foi de que o uso do uniforme se justifica porque é uma medida de controle de infecções.
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