A Igreja Universal divulgou nota nesta terça-feira (19) na qual nega orquestrar as ações movidas por fiéis e pastores da igreja contra jornais e jornalistas que escreveram reportagens investigativas sobre o patrimônio do bispo Edir Macedo. “A IURD já ingressou com suas ações judiciais e não tem qualquer interesse de orquestrar e incentivar processos individuais por parte de seus fiéis”, diz a nota.
Os fiéis entraram com ações na Justiça contra os jornais “Extra”, “O Globo”, “A Tarde”, e contra a “Folha”. Nos processos movidos contra a Folha, os fiéis se dizem ofendidos pelo teor de uma reportagem da jornalista Elvira Lobato, publicada em dezembro. Na nota, a Universal afirma respeitar o direito à liberdade de imprensa, jornalistas e veículos de comunicação. “[…] Porém, não admite que reportagens sejam usadas para ofensas de outras garantias constitucionais como a dignidade da pessoa humana, o acesso à Justiça, à liberdade de crença e à inviolabilidade da honra”, diz a nota. “A imprensa deve atuar com responsabilidade e não pré-julgar, manipular ou condenar precipitadamente.”
Na nota, a Universal critica a mídia pela utilização de termos que chama de preconceituosos para se referir à igreja. “É inaceitável, que no uso de suas prerrogativas, a mídia utilize denominações ofensivas e preconceituosas como seita, bando e facção em referência à Iurd”. Sobre as demonstrações de apoio dadas pelas entidades de representação de jornais e jornalistas – como Abraji, ABI e ANJ–, a Universal diz apoiar “a posição de todas as entidades de classe quando está em questão a democracia”.
“A imprensa, com responsabilidade, pode noticiar e os fiéis, da mesma forma, podem acessar a Justiça. Cabe ao Judiciário, com a imparcialidade e independência que lhe são inerentes, a palavra final”.
Dízimo
A Universal informa ainda que fiéis de várias partes do país estão procurando a igreja para “manifestar seu repúdio em relação às notícias classificadas como lamentáveis, publicadas por veículos de comunicação, especialmente no que se refere à origem e destinação de seus dízimos”. “O dízimo é um aspecto da liberdade de crença consagrada pela Constituição Federal”, diz em nota.
Leia abaixo a íntegra da nota da Universal:
“A Igreja Universal do Reino de Deus, entidade religiosa há 30 anos no Brasil, com mais de 5 milhões de fiéis e presente em 170 países, vem a público esclarecer que:
1. Fiéis de várias partes do país estão procurando a IURD para manifestar seu repúdio em relação às notícias classificadas como lamentáveis, publicadas por veículos de comunicação, especialmente no que se refere à origem e destinação de seus dízimos;
2. O dízimo é um aspecto da liberdade de crença consagrada pela Constituição Federal;
3. A IURD já ingressou com suas ações judiciais e não tem qualquer interesse de orquestrar e incentivar processos individuais por parte de seus fiéis;
4. A IURD respeita a liberdade de Imprensa, os jornalistas e suas entidades representativas, porém, não admite que reportagens sejam usadas para ofensas de outras garantias constitucionais como a dignidade da pessoa humana, o acesso à Justiça, à liberdade de crença e à inviolabilidade da honra;
5. A Imprensa deve atuar com responsabilidade e não pré-julgar, manipular ou condenar precipitadamente;
6. A IURD não está à margem da sociedade. É uma entidade regularmente constituída, conforme a legislação brasileira, que deve ser respeitada como todas as outras denominações religiosas no estado democrático de direito. É inaceitável, que no uso de suas prerrogativas, a mídia utilize denominações ofensivas e preconceituosas como seita, bando e facção em referência à IURD;
7. A IURD apóia a posição de todas as entidades de classe quando está em questão a Democracia. A Imprensa, com responsabilidade, pode noticiar e os fiéis, da mesma forma, podem acessar a Justiça;
8. Cabe ao Judiciário, com a imparcialidade e independência que lhe são inerentes, a palavra final.
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