A onda de manifestações contra o aumento das passagens de ônibus em São Paulo está causando polêmica devido a ações de vandalismo que resultam na depredação do patrimônio público e privado, e também pela ação de repressão aplicada pela Polícia Militar.
Na maior cidade do país, estações de metrô, agências bancárias e pontos de ônibus foram alguns dos locais depredados por parte dos manifestantes que protestam contra o aumento da passagem de ônibus e metrô, de R$ 3,00 para R$ 3,20.
As manifestações são organizadas em formato de passeata nos bairros centrais da capital paulista, e reúnem integrantes de diversos movimentos sociais e filiados a partidos de esquerda radical.
Na rua Conde de Sarzedas, tradicional reduto evangélico, que reúne livrarias, centros de compras e igrejas, algumas integrantes do movimento feminista Femen mostraram os seios para pastores de uma das denominações sediadas no local.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os líderes evangélicos interromperam o culto para esperar a manifestação passar, e foram surpreendidos com o gesto comum das integrantes do Femen, conhecidas por protestarem seminuas ou nuas.
O prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT), definiu o valor do aumento da tarifa e viajou para Paris, onde trabalha pela candidatura de São Paulo a ser sede de uma exposição mundial em 2020.
No Twitter, o ativista gay e deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), defendeu a postura dos manifestantes e criticou a cobertura parcial da imprensa: “O curioso nas minhas mentions é que a referências a ‘vândalos’ e ‘baderneiros’ vêm todas de… Petistas! O mundo dá voltas, né, gente? Será que quem vê uma cobertura parcial e tendenciosa de uma manifestação legítima e justa e acredita nessa cobertura? Para pra pensar? A pessoa vê cobertura que prioriza a ação de meia dúzia de radicais contra sacos de lixo e quiosque de bancos e sequer se questiona sobre… A pessoa não vê em momento algum a cobertura enfatizar a razão da manifestação (o aumento abusivo das passagens) e não se questiona sobre?”, protestou.
O deputado ainda incentivou a manifestação e prometeu se juntar aos protestos: “’Anarquistas’ de São Paulo, uni-vos contra os abusos dos governantes e a truculência da polícia! E me aguardem aí…”, escreveu.
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