Duas igrejas foram atacadas na terceira semana de janeiro, enquanto ameaças de monges budistas continuam a aumentar o clima tenso entre o governo e os rebeldes Tamil.
Em 22 de janeiro, uma multidão de aproximadamente 500 pessoas, incluindo vinte monges e um padre católico, fez ameaças durante manifestação em frente a uma Assembléia de Deus em Bolaththa, distrito de Gampaha, norte de Colombo, capital do país.
Com placas e frases hostis, a multidão exigia que a igreja parasse com os cultos, e caso a Assembléia de Deus não obedecesse, a multidão voltaria no final de semana seguinte, segundo informações da Aliança Cristã Evangélica do Sri Lanka (NCEASL, sigla em inglês).
Na segunda-feira, alguns da multidão voltaram e apedrejaram a casa do pastor, que é conjugada ao prédio da Igreja. As janelas da casa foram quebradas. Quando o pastor deu queixa, a polícia prometeu continuar com medidas de segurança. Entretanto, quando a polícia apareceu, pediram ao pastor para comparecer à delegacia para "discutir" sobre o assunto.
A polícia se prontificou a proteger a igreja no domingo, 29. Mas o porta-voz da NCEASL ressaltou que a polícia não pode proteger o estabelecimento todos os domingos, alegando que uma solução permanente é a melhor saída.
Invasão
Em um incidente envolvendo outra igreja doméstica, em 21 de janeiro, um grupo de vinte homens, armados com varas e bastões, invadiu a casa de um pastor da Assembléia de Deus em Alpitiya, distrito de Galle, costa sudeste do país.
A esposa do pastor estava na casa com seus três filhos no momento da invasão. Os homens deram um ultimato, exigindo que o pastor e a esposa interrompessem todas as atividades cristãs, incluindo os cultos na cidade.
Os homens bateram na mesa, cadeiras e outras peças da mobília e ameaçaram destruir todos os pertences da família, caso suas exigências não fossem atendidas.
A polícia foi alertada, e o culto do dia 22 de janeiro foi realizado sob proteção das autoridades.
Um porta-voz da NCEASL disse que as igrejas ainda continuam sendo atacadas ou recebendo ameaças quase que semanalmente, embora a pressão não seja tão "intensa" se comparada ao ano passado.
No entanto, uma campanha budista para fechar igrejas e estabelecer uma lei anticonversão está em andamento, piorando o clima tenso entre o governo do recém-eleito presidente Mahinda Rajapakse e o LTTE (Liberation Tigers of Tamil Eelam).
A LTTE ainda reivindica a independência do norte. Entretanto, Rajapakse disse que não apóia a autonomia plena para os rebeldes.
O povo teme que o acordo de cessar fogo, assinado em fevereiro de 2002, não dê certo. O acordo, mediado pelo governo da Noruega, encerrou duas décadas de luta entre o governo e a LTTE, com 60 mil pessoas mortas.
Reuniões para estabelecer a paz se encerraram em janeiro de 2004 e não foram retomadas.
Ataques e assassinatos têm ocorrido quase que diariamente desde as eleições de novembro, resultando em cerca de 135 mortes, de acordo com informações da "South Asian Intelligence Review" de 16 de janeiro.
Considerado um dos mais brutais acontecimentos, um membro Tamil do parlamento, Joseph Pararajasingham, foi morto enquanto participava de uma missa de Natal em uma igreja em Batticaloa em dezembro último, de acordo com a BBC.
Em 24 de janeiro, o presidente Rajapakse se encontrou com Erik Solheim, da equipe norueguesa que esteve no Sri Lanka para participar das negociações de paz em caráter de urgência.
Durante a noite, cinco explosões foram registradas em diferentes regiões da capital, entre as 20 e 21 horas. Nenhuma morte foi registrada.
Solheim se reuniu com os líderes do LTTE para discutir, entre outras coisas, a retomada das negociações de paz.
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