Nesta quinta-feira (4) foi comemorado nos Estados Unidos o “Dia Nacional de Oração”. A data tradicionalmente envolve campanhas de diferentes igrejas e denominações cristãs, que intercedem pelo país.
Para marcar o primeiro “Dia de Oração” de seu governo, o presidente Donald Trump cumpriu mais uma promessa de campanha. Ele assinou um decreto que garante os direitos religiosos, uma cobrança constante dos conservadores, que foram duramente reprimidos durando os dois mandatos de Barack Obama.
Trump reverte assim as restrições de atividades políticas de casas de culto, garantindo a liberdade de líderes religiosos que desejam se manifestar nos púlpitos sobre questões políticas, algo que eram impossibilitados de fazer.
Assim, tenta reverter a “Emenda Johnson”, uma seção do código fiscal que proíbe organizações isentas de impostos como igrejas a apoiarem candidatos políticos. Válida desde 1954, seu fim oficial só pode ser decidido pelo Congresso, cuja maioria é de republicanos, do partido do presidente.
O presidente também instruiu o procurador-geral Jeff Sessions a iniciar um processo para “definir novas diretrizes” sobre como as agências do governo devem acomodar crenças religiosas. Essa questão confronta diretamente a regra criada por Obama que exigia que planos de saúde incluíssem cobertura para o aborto.
“Estamos devolvendo a voz para as igrejas. Ninguém deveria estar censurando sermões ou atacando pastores”, asseverou em meio ao aplauso dos presentes. Cercado de pastores que foram convidados para a cerimônia na Casa Branca, incluindo Franklin Graham, Trump disse que não permitirá mais que “pessoas de fé sejam alvo de intimidação ou silenciadas”.
Com o decreto se torna mais difícil, por exemplo, que qualquer pessoa seja processada por expressar suas convicções. Nos últimos anos, vários comerciantes cristãos foram processados por se negarem, por exemplo, a fazer bolos de casamento para casais gays.
Na última década, militantes LGBT e grupos ateístas tiveram várias vitórias nos tribunais americanos contra cristãos, tentando proibir qualquer um de se manifestar contra os ideais defendidos por eles. Há muito que instituições cristãs vinham reclamando que seus direitos à liberdade de crença estavam sendo violados.
“Não somos apenas uma nação de paz, mas também um país tolerante”, disse Trump hoje.
“Por isso, hoje adotaremos medidas para proteger a liberdade religiosa nos Estados Unidos. Com esse decreto não permitiremos a perseguição religiosa ou a intolerância”, acrescentou. Perto do encerramento de sua fala, lembrou que “liberdade não é algo dado pelo governo; liberdade é dada por Deus”.
A ex-deputada evangélica Michele Bachmann, presente ao evento, destacou que as pessoas de fé sabiam que se a senhora Clinton tivesse vencido, a nação teria sofrido moralmente”. Com informações CBN
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