Deputados apresentam recurso para votação do Estatuto da Família em Plenário
Deputados apresentaram nesta segunda-feira (26) recursos para levar o
projeto do Estatuto da Família (PL 6583/13) à votação no Plenário da
Câmara. A proposta foi aprovada em comissão especial no último dia 8 e, por tramitar em caráter conclusivo, seguiria diretamente para o Senado.
A
deputada Erika Kokay (PT-DF) e o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), no
entanto, conseguiram as assinaturas necessárias para solicitar a análise
do projeto em Plenário. Não há prazo para essa votação e quem define a
data é o presidente da Câmara. Em caso de aprovação do recurso, o
Plenário da Câmara terá de votar o estatuto. Já em caso de rejeição do
recurso, o estatuto seguirá para o Senado.
O texto causa polêmica
por definir família como o núcleo formado a partir da união entre um
homem e uma mulher. Erika Kokay argumenta que o estatuto deixa de
contemplar vários arranjos familiares presentes no Brasil, como a união
entre pessoas do mesmo sexo, já reconhecida pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
"Esse
estatuto define uma lógica de família que exclui as demais e as joga no
limbo do processo de discriminação. Com o recurso, é suspenso o poder
conclusivo e, enquanto ele não for apreciado, o projeto não caminha para
o Senado. Penso que a Câmara, na sua maioria, não vai concordar com um
projeto que é obscurantista e inconstitucional, porque o Supremo já
decidiu sobre isso", afirmou a deputada.
Na apresentação dos
recursos de Erika Kokay e Jean Willys, nesta segunda-feira, vários
representantes de movimentos sociais, principalmente LGBTs, fizeram
manifestação na Câmara, com palavras de ordem e cartazes em que
classificam o Estatuto da Família de "discriminatório", "homofóbico",
"machista", "patriarcal" e "inconstitucional".
O Estatuto da Família foi aprovado na comissão especial com o apoio maciço das bancadas religiosas, sobretudo a evangélica.
Expectativa de aprovação
O
relator da matéria, deputado Diego Garcia (PHS-PR), afirmou que o
recurso para apreciação em Plenário já era esperado e não deve reverter a
tendência de aprovação do texto na Câmara. “Estamos muito bem seguros
de que o texto apreciado no Plenário também será aprovado com grande
maioria. É uma oportunidade de a sociedade brasileira saber o que cada
parlamentar pensa a respeito de todos os ataques que a família vem
sofrendo no dia a dia”, disse.
O estatuto também trata de
direitos da família e das diretrizes das políticas públicas voltadas
para valorização e apoio à "entidade familiar". O projeto cria ainda os
Conselhos da Família, que seriam órgãos permanentes e autônomos com
poder para auxiliar na elaboração de políticas públicas, além de
acompanhar e fiscalizar sua implementação.
Íntegra da proposta:
PL-6583/2013
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