O militante gay e deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) continua criticando o veto da presidente Dilma Rousseff ao chamado “kit anti-homofobia”, que seria distribuído nas escolas públicas.
O parlamentar é Coordenador da Frente Parlamentar pela Inclusão LGBT, e acusa a bancada evangélica de fundamentalista por se opor à ideia do kit gay. “O projeto foi suspenso por causa da atuação da bancada fundamentalista cristã. Agiram com uma má-fé e desonestidade absurda. Eles pegaram um material que não era do programa Escola sem Homofobia, era de uma ação do Ministério da Saúde, do programa de redução de danos aos usuários de drogas ejetáveis, e apresentaram à sociedade como se fosse o kit”, afirma Jean Wyllys que diz que Dilma cedeu a pressões da chamada “frente religiosa”, que uniu evangélicos e católicos, e que o preconceito contra os homossexuais impediu “avanços nas políticas públicas”.
Wyllys pede agora que o programa Escola sem Homofobia seja retomado pelo Ministério da Educação (MEC). “Eu conversei com o ministro (Aloizio Mercadante) pessoalmente e ele me garantiu que essa questão não vai ser negligenciada pelo MEC. Ele me disse que só precisa se inteirar do debate, porque acabou de assumir, mas que vai sim encarar essa questão. Foi uma garantia dele em conversa comigo, então eu espero e acredito que isso vai acontecer”.
De acordo com o Terra, o deputado afirmou que a educação tem o compromisso de formar cidadãos “humanistas e respeitosos da diversidade”. O parlamentar concluiu ainda: “Dizer que esse não é papel da escola é um equívoco de pessoas que vão para o Congresso Nacional fazer projetos de sua religião e não para agir seguindo os preceitos da Constituição”.
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