Na semana passada, uma família de quatro iranianos que se converteu ao cristianismo recebeu das autoridades turcas um adiamento da ordem de deportação para retornar ao Irã. A excepcional reviravolta foi atribuída à direta intervenção americana no caso da família.
Zivar Khademian e os três filhos tinham uma data limite, 20 de outubro, para saírem da Turquia e serem enviados de volta para o Irã, onde enfrentariam provável prisão e pena de morte por apostasia.
A viúva Khademian, juntamente com sua filha Fatemeh Moini, de 19 anos, e os seus filhos Hossein e Kazem Moini, ambos com um pouco mais de 30 anos, foram batizados em uma igreja protestante em Teerã um pouco antes de fugirem do Irã, em janeiro de 2003.
Depois de aproximadamente três anos de tentativas fracassadas para obter a posição de refugiados da ONU através dos escritórios do Alto Comissariado para Refugiados da ONU (UNHCR), a família não sabia mais para quem recorrer quando a polícia turca entregou seu ultimato, em 5 de outubro, e devolveu os seus passaportes.
Nos dias que se seguiram, as solicitações da família sobre possíveis vistos para a Síria, Armênia, Georgia, Azerbaijão, Chipre do Norte ou até mesmo Singapura revelaram somente opções desanimadoras - todos eles temporários e dispendiosos.
Contudo, o Programa de Auxílio Legal da Assembléia dos Cidadãos de Helsinki (hCa RLAP) concordou em examinar o caso. Depois de realizar uma prolongada entrevista com Kazem Moini, em 13 de outubro, o RLAP redigiu uma apelação urgente de três páginas contra a deportação da família.
Em 17 de outubro, a apelação foi enviada por fax para o UNHCR, em Ancara, e para o Ministério do Interior Turco. Nesse ínterim, Hossein Moini embarcou em um ônibus para Kastamonu, onde a família havia vivido nos últimos dois anos, levando consigo o documento original para obter a assinatura do governador de Kastamonu. Hossein obteve a assinatura na manhã de 18 de outubro.
O escritório do governador instruiu Hossein a levar a apelação assinada para a polícia de segurança em Kastamonu, a fim de ser repassada para o quartel-general de Ancara. Contudo, a polícia recusou-se enviar o documento, declarando que o caso da família estava encerrado. "Você mesmo terá que levar o documento para Ancara", disse um oficial para Moini.
Confuso, Moini retornou para Istambul. Na manhã de 19 de outubro, a família recebeu o primeiro telefonema do UNHCR, aconselhando-os a levar a apelação assinada para a Diretoria de Segurança Geral da Turquia, localizada em Ancara.
Contudo, sob conselho do RLAP, a família decidiu enviar as cópias da apelação para Ancara via fax e mensageiro, em vez de aparecer pessoalmente no quartel-general da polícia, um dia antes de eles serem legalmente presos e deportados.
Apesar da família não ter recebido nada escrito, o UNHCR os informou por telefone que os oficiais americanos queriam entrevistá-los para possível admissão nos Estados Unidos. Então, o UNHCR confirmou ao RLAP que as autoridades turcas receberam uma solicitação para autorizar a família a permanecer na Turquia até o resultado dessa entrevista.
Em 21 de outubro, os representantes do UNHCR confirmaram para a família e para o RLAP que a família seria entrevistada pelo Departamento Americano da Segurança da Pátria (DHS) três dias mais tarde, em 24 de outubro.
Em 24 de outubro, sob os auspícios da Comissão Internacional de Migração Católica (ICMC) em
Istambul, a família passou por uma entrevista inicial de qualificação. Em uma exceção à política normal, mais tarde, uma segunda entrevista foi realizada naquele dia por um oficial do DHS.
Eles prontamente emitiram cartas individuais com o timbre da ICMC, certificando que estavam sob considerações de estabelecimento de refugiado americano. Então, a família foi aconselhada a telefonar para o UNHCR, em Ancara, na segunda semana de novembro, após o final do feriado muçulmano, para obter informações sobre a aprovação do visto.
Até o momento, a família não recebeu nenhuma indicação de quanto tempo um processo poderia levar para eles saírem da Turquia a fim de viver nos Estados Unidos, se o caso deles for aprovado.
As solicitações da família para obter a posição de refugiados foram duas vezes negadas pelo UNHCR em Ancara, apesar da prova que um dos filhos havia sido preso meramente por possuir e reproduzir fitas cristãs. A mãe também obteve a cópia autêntica de uma ordem de prisão, emitida no último mês de outubro pela Corte Suprema do Irã por apostasia, um crime capital naquele país.
Conforme Kazem Moini, o seu intérprete para a entrevista com o UNHCR "não foi objetivo, nem profissional, e questionou os motivos da minha conversão do islamismo para o cristianismo".
A apelação urgente do RLAP concluiu que Moini e a sua família "continuam a ter um persistente e bem-fundamentado temor da perseguição da República Islâmica do Irã".
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