Os partidários do “sim” no referendo constitucional do Quênia comemoraram nesta quinta-feira o resultado da votação realizada na quarta-feira, na qual a população opinou sobre a adoção de uma nova carta magna.
Resultados preliminares divulgados apontam que cerca de 70% dos que votaram são a favor de uma nova constituição que, entre outras coisas, diminui os poderes do presidente.
Ativistas que faziam campanha pelo "não" no plebiscito admitiram a derrota.
O líder do grupo que defendia as mudanças, o ministro da Energia, Kiraitu Murungi, disse que o Quênia "renasceu" com o resultado.
"Dizer que vencemos é realmente pouco. O Quênia renasceu, esse é o nascimento de uma segunda República do Quênia", disse.
Durante comemorações do “sim” em Nairóbi, o presidente, Mwai Kibaki, pediu união nacional em torno das mudanças previstas.
Mudanças
O plebiscito, parte do acordo para acabar com a violência que se seguiu às eleições gerais de 2007, na qual morreram mais de mil pessoas, transcorreu pacificamente.
Além de reduzir as atribuições do presidente, a nova constituição cria o Senado, reconhece tribunais de Justiça muçulmanos, dá maior autonomia para administrações regionais, aumenta as liberdades civis e cria uma comissão para administrar as terras públicas.
Entre os que apoiavam as reformas estão Kibaki e o primeiro-ministro, Raila Odinga, rivais nas eleições de 2007.
O correspondente da BBC em Nairóbi Peter Greste diz que o Quênia deve passar agora por um intenso processo legislativo para implementar as reformas aprovadas.
Conheça a opinião da igreja sobre a nova Constituição.
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