O prefeito Marcelo Crivella usou seu perfil no Facebook para postar uma resposta às críticas da escola de samba Acadêmicos do Sossego.
A agremiação desfilou na Série A do carnaval do Rio e levou para a Avenida uma faixa com os dizeres: “Respeitamos a religião do prefeito Marcelo Crivella e queremos respeito com o carnaval. O Rio pede paz”.
A escola levaria para a Marquês de Sapucaí uma escultura de “diabo” que parecia com Crivella , mas a pedido da prefeitura a retirou.
O tom de deboche, porém, se manteve: no lugar da alegoria foi colocado um boneco parecido com o ex-prefeito Eduardo Paes , conhecido por gostar de carnaval.
“Respeito, sim, todos os carnavalescos. Mas precisamos respeitar igualmente as crianças nas escolas e os doentes nos hospitais, os orfanatos e asilos e as milhares de pessoas que se alimentam nas nossas creches, escolas e restaurantes populares todos os dias. Respeito sim, mas respeito também o restante da população do Rio que quer o dinheiro do município aplicado em serviços públicos”, escreveu Crivella.
Para representar esse desejo da população por investimentos do dinheiro público em serviços e para o carnaval o uso de verba da iniciativa privada, o prefeito citou uma pesquisa: “É o que mostra a pesquisa do Instituto Paraná. 88% da população quer que o carnaval seja patrocinado pela iniciativa privada”.
Ele diz, ainda, que o carnaval deste ano é um sucesso — afirma poder provar isso — e aponta recordes “dentro e fora da Sapucaí”. “A expectativa da Riotur é de que vamos superar 2018 com 1,5 milhão de turistas na cidade. A média de ocupação hoteleira está em 88%, segundo a Hotéis Rio”, diz outro trecho do desabafo de Crivella.
O prefeito fala do esquema montado nas ruas e diz que, apesar da redução de verba pública destinada ao carnaval, houve captação de “R$ 41 milhões de recursos do setor privado, mais um recorde histórico desse carnaval, o que significa que empatou a conta”.
Ele termina o texto falando em austeridade exigida pelo período de crise financeira: “Em época de crise precisamos de austeridade para poder prestar serviços a todos os contribuintes do Rio de Janeiro em especial os que mais precisam. Portanto, respeito sim, mas precisamos desmamar!”.
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