As ações da minoria budista contra a minoria muçulmana se tornaram violentas, mais uma vez, em Mianmar, o país que ocupa o 23º lugar da atual Classificação da Perseguição Religiosa. Vale ressaltar que os cristãos que antes eram seguidores do islã, continuam a ser chamados de “muçulmanos”, isso porque o governo birmanês se recusa a legitimar esse tipo de conversão, negligenciando totalmente o cristianismo. Então, quando uma notícia cita a minoria muçulmana, sabe-se que os cristãos estão incluídos nela.
Já os muçulmanos são classificados pelos grupos radicais budistas como “bengalis”, querendo dizer com isso que eles sequer pertencem ao país. Os bengalis são nativos do Bangladesh (35º da Classificação), outra nação que também enfrenta perseguição religiosa. Esses muçulmanos são antigos em Mianmar e sua permanência no país já se dá há várias gerações, então não haveria motivo para dizer que não são birmaneses. Nas últimas semanas, duas mesquitas, uma escola e várias casas que pertenciam a pessoas dessas minorias religiosas foram incendiadas por monges radicais. Os atuais incidentes ilustram que o nível de violência no país não retrocedeu.
Recentemente, uma organização de monges budistas radicais (Ma Ba Tha) intensificou suas campanhas contra minorias religiosas e, com sucesso, ajudou a introduzir quatro leis para a "Proteção da Raça e Religião" em agosto de 2015. As leis introduzidas, embora não proibindo na teoria as conversões ao cristianismo, na prática colocam obstáculos para tal, bem como para casamentos de pessoas de religiões diferentes. Num panorama mundial, percebe-se que não é só o islamismo que tem lutado para extinguir o cristianismo, mas o budismo, bem como o hinduísmo, são religiões radicais que também se opõem fortemente contra os seguidores de Jesus, perseguindo-os violentamente e impondo suas ideologias e princípios, ferindo totalmente a liberdade de religião em dezenas de países. Ore pelas comunidades cristãs que sobrevivem nessas regiões e que conseguem manter a igreja de pé, apesar de tudo.
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