Por mais de uma década, Cuba tem suportado terríveis dificuldades em tudo, desde a falta de comida e roupas até empregos e transportes. Entretanto, não falta o senso de humor nos cubanos que ainda fazem piadas de sua pobreza.
Uma amostra atual do alívio cômico a la cubana é a seguinte cena onde um homem diz ao outro: Ei! Observe-me fazer aquela senhora idosa ali assobiar como um trem.
Como você vai fazer isto?, seu amigo pergunta.
O homem caminha em direção a mulher e diz, Com licença, señora, mas quanto tempo faz que você não come carne?
WHOO-HOOO!, ela exclama.
Nem mesmo falta criatividade para os cubanos lidarem com a adversidade. Eles são líderes mundiais no que chamam de improvisar. Construtores de casas fazem suas compras no mercado livre ou permutam com vizinhos a fim de conseguir juntos ingredientes suficientes para preparar refeições diárias. Mecânicos consertam Ford americanos antigos com remanescentes encontrados de carros japoneses mais novos. Médicos fabricam pomadas e elixir como substitutos de remédios que são muito caros ou muito escassos para receitar.
De alguma forma, eles sobrevivem.
A igreja cristã evangélica em Cuba aprendeu a sobreviver - e até mesmo se desenvolver - diante das adversidades. Apesar das restrições de adoração, evangelismo e educação cristã, a igreja evangélica cubana tem uma das maiores taxas de crescimento na América Latina, sendo um continente que experimenta rápido crescimento evangélico em quase todos os lugares.
Os líderes da igreja afirmam que desde que o papa João Paulo II visitou a ilha em 1998, o regime de Castro tem demonstrado maior tolerância em relação aos cristãos. Por exemplo, atualmente nenhum pastor está preso acusado de cometer crimes políticos. Igrejas em casa podem operar abertamente, sem o temor de um repentino fechamento. Congregações com propriedades legalmente registradas têm assegurado licenças de construção para reformar santuários antigos ou erguer novos santuários, às vezes, utilizando empreiteiras do governo.
Entretanto, eles advertem que as mudanças não são necessariamente permanentes ou universais.
A lei não mudou. O que mudou foi o espírito, um pastor batista contou quando estava discutindo a política governamental em relação à religião. O que existe a mais aqui depende do espírito das autoridades locais.
Em alguns lugares, o desejo de cooperar existe no sentido de aprovar licenças para construção ou atividades da igreja. Em outros, especialmente, em comunidades rurais, as igrejas ainda são restritas.
As regras que governam as atividades da igreja em casa são um exemplo do provérbio que quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas. As igrejas domésticas também devem Ter licenças das autoridades governamentais para realizar encontros em suas próprias casas. O dono da casa deve solicitar uma permissão para continuar a residir durante o tempo que a igreja se encontrar lá.
As igrejas em casa não podem ter bancos fixos ou assentos permanentes; cadeiras devem ser retiradas e guardadas entre os cultos. A fim de impedir a superlotação, uma igreja em casa não pode exceder quarenta membros. Contudo, este regulamento nem sempre é aplicado. Soubemos de uma igreja doméstica localizada em um condomínio de apartamentos, que reúne 350 cristãos para a celebração semanal.
Regulamentos acerca de visitantes estrangeiros têm limitado o contato entre cristãos cubanos e cristãos de outras partes do mundo. Turistas que visitam a ilha, que desejam envolver-se em atividades cristãs, como pregar e liderar a adoração, devem obter um visto especial de um profissional religioso, com o pagamento de uma taxa sete vezes maior do que o visto de turista padrão.
Além disso, o governo requer que os visitantes com vistos de turista fiquem em hotéis estatais ou em propriedades de aluguel autorizadas por convidados estrangeiros. Se o visitante desejar se hospedar na casa de um pastor de uma igreja ou membro da igreja, ele ou ela deve solicitar um visto de profissional religioso.
Embora os líderes percebam alguns melhoramentos visíveis na disponibilidade de Bíblias, os cristãos cubanos ainda enfrentam uma grande escassez de Escrituras. Devido ao relaxamento das leis de importação, as igrejas e agências missionárias estrangeiras podem enviar Bíblias para o país, com autorização da Comissão Bíblica do Conselho Ecumênico das Igrejas de Cuba.
Por outro lado, as autoridades rotineiramente confiscam a quantidade de Escrituras que indivíduos procuram transportar para Cuba. Quando os agentes alfandegários recentemente encontraram vinte Bíblias em uma bagagem que pertencia a um grupo de turistas europeus, eles apreenderam os livros no aeroporto. Os agentes mais tarde devolveram os livros aos turistas, assim que eles deixaram a ilha.
Em toda a justiça, quanto às restrições de importação, a escassez de Bíblias é o resultado do crescimento rápido da igreja evangélica em Cuba. O suprimento simplesmente não consegue acompanhar a demanda, de acordo com os líderes das igrejas.
A verdade em tudo é que nós precisamos de Bíblias, afirma um pastor. Mas nós vivemos por muito tempo sem Bíblias, então a situação melhorou nos últimos anos.
Seu comentário reflete a atitude resistente entre os cristãos cubanos observada pelo visitante de Cuba. Apesar das grandes dificuldades e restrições oficiais, os cristãos sentem que as coisas não estão tão ruins.
Um líder de uma igreja doméstica, desempregado por anos após perder seu emprego como gerente de uma ferragem, revelou o quanto este espírito de resistência está arraigado. Recentemente, este homem ouviu um relato sobre cristãos que enfrentam dificuldades e perseguição na Ásia e no Oriente Médio.
Nós temos visto que há irmãos e irmãs em outras partes do mundo que estão passando por problemas muito piores do que os nossos, e nós nos sentimos tocados pelo testemunho deles, falou ao visitante estrangeiro que nos trouxe o relato. Nós nos dedicaremos a orar por aqueles irmãos e irmãs com mais fidelidade
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