A situação para os cristãos vietnamitas, que já enfrentam as dificuldades de se viver num país comunista, não tem sido muito animadora nos últimos dois anos. Além dos conflitos causados pelas diferenças étnicas, religiosas e sociais, os cristãos ainda têm de lidar com a repressão que vem do governo em relação às reuniões realizadas pela igreja e, o povo no geral, também lida com falta de liberdade de expressão e a censura da mídia tem aumentado bastante. Os cristãos montanheses, no entanto, são os mais perseguidos no país.

Numa atividade incomum, policiais do Vietnã cruzaram para o Camboja simplesmente para interrogar alguns cristãos que fugiram da perseguição religiosa. O Reino do Camboja, como é mais conhecido, é um Estado soberano que fica ao Sul da península da Indochina, fazendo fronteira com o Vietnã, o que facilita a fuga de alguns vietnamitas para aquelas terras. Embora seja uma região onde 95% da população pratique o budismo, que é a religião oficial dos cambojanos, existem alguns asilos concedidos aos cristãos. Mas o governo de lá também está tentando aumentar seu controle sobre a sociedade civil, através de um projeto de lei que visa restringir o trabalho das ONG’s.

Mas as operações da polícia do Vietnã, país que ocupa o 20º lugar na atual Classificação da Perseguição Religiosa, surpreendeu por querer intimidar os refugiados fugitivos, atravessando a fronteira, na tentativa de atraí-los de volta, mesmo sabendo que eles têm o direito de proteção. Esse ocorrido deixa claro que as autoridades vietnamitas estão cercando a igreja por todos os lados. Os ativistas cristãos, que são ainda mais perseguidos, têm sido condenados sob leis vagas e incertas e quando estão em liberdade, são perseguidos por bandidos contratados por autoridades locais, como mostra a matéria Ativista cristão está sob prisão domiciliar, divulgada recentemente. Embora a pressão sobre a Igreja no Vietnã seja intensa, ela permanece firme em seus propósitos de evangelização.